28 de março, 2024

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O lado solidário dos supermercados

A pandemia agravou a escassez de comida na mesa de uma parcela considerável de brasileiros. As medidas de distanciamento social impactaram a atividade econômica, o desemprego aumentou e com ele a vulnerabilidade social da população de menor renda. Não bastasse, nos últimos meses houve redução das atividades promovidas pelas organizações filantrópicas, como a doação de cestas básicas e itens de higiene.

Diante disso, a solidariedade entrou na pauta do varejo de alimentos e desde grandes redes até estabelecimentos de menor porte aderiram a campanhas sociais e de combate à fome desde o começo da pandemia.

Osvaldo Leivas, do Supermercados Lopes

Osvaldo Leivas, do Supermercados Lopes

A rede Tonin Supermercados, por exemplo, realizou em 2020 a doação de 11 mil quilos de produtos de limpeza, alimentos, brinquedos, agasalhos, fraldas geriátricas e chinelos para diferentes entidades. “Em Minas Gerais e São Paulo, hospitais e instituições sociais também receberam mais de 2.000 litros de álcool em gel, que reforçaram a segurança e a saúde das pessoas naquele momento de pandemia”, conta Lilian Peres Tonin, diretora de Marketing do Tonin.

Literalmente de centavo em centavo, em 2021, outra ação do Tonin arrecadou mais de R$ 105 mil, beneficiando 12 instituições sociais. “A campanha ‘Troco Solidário’ foi realizada entre janeiro e dezembro do ano passado. O objetivo era estimular os clientes a doar os trocos dos pagamentos feitos em dinheiro nas 18 filiais da empresa”, explica Lilian. Segundo ela, o resultado foi um reflexo direto do engajamento dos próprios colaboradores que, a cada cliente, apresentavam o projeto e convidavam as pessoas a participar.

A rede Tonin possui tradição em ações de responsabilidade social e conta com projetos relacionados a outras áreas, como o “Unidos pela Vacina”, que visa a facilitar o acesso à vacina pela população mineira, e outras, com o objetivo de levar o bem-estar e a qualidade de vida ao público.
Outro grupo que se mobiliza em ações de responsabilidade social é o Carrefour Brasil, que durante o isolamento social foi uma das primeiras empresas a atuar com a doação e o fornecimento de itens básicos a pessoas que necessitavam. De imediato, a rede deu atenção para as comunidades periféricas, identificando que o impacto da Covid-19 seria muito mais sentido por essa fatia da população.

“Realizamos um projeto inédito na comunidade de Heliópolis (zona sul), em que na época apoiamos o projeto social com costureiras para a confecção de máscaras de proteção individual”, diz Lucio Vicente, diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil.

A empresa também mantém uma iniciativa exclusiva de doações de produtos de proteção e higiene para gestantes, além de apoiar o processo de empregabilidade do Centro de Integração da Cidadania, no bairro do Jaraguá (zona norte), em apoio as pessoas que perderam seus empregos no início da pandemia. Só em 2021 foram doadas mais de 3 mil toneladas de alimentos.

“Temos um histórico bastante extenso de ações sociais. Realizamos doações regulares e temos iniciativas tradicionais em algumas datas comemorativas, como o Natal. Somos reconhecidos em diversos bancos de alimentos do Brasil, e sempre promovemos grandes movimentações, especialmente nos últimos dois anos”, diz o executivo.

Lucio destaca ainda a ação realizada junto à CUFA (Central Única das Favelas), em que doaram cestas básicas para o público das escolas de samba, que depende do Carnaval como fonte de renda e passou por muitas dificuldades em razão do cancelamento do evento. Mais de 21.000 cestas básicas foram entregues na ocasião.

O executivo estima que as campanhas do Carrefour voltadas para pessoas que estavam sofrendo com os impactos da pandemia, realizadas em 2020 e 2021, somaram mais R$ 29 milhões em doações, que beneficiaram mais de 2,8 milhões de pessoas. “Mais importante do que o ganho de imagem junto aos clientes é conseguirmos engajá-los no mesmo movimento solidário”, completa Lucio Vicente.

Antes mesmo da pandemia, doar já era um hábito na rede de Supermercados Lopes, seja alimentos, cestas básicas ou apoio em geral a instituições religiosas e de caridade. “Temos como lema ‘SomosSuperFamília’, porque nascemos de uma família de irmãos humildes, que sempre se preocuparam em ajudar o próximo e a comunidade local”, diz Osvaldo Leivas, diretor-presidente da companhia.

Nos últimos dois anos, por conta da pandemia, o Supermercados Lopes intensificou as ações sociais, seja doando valores que foram convertidos em cartões para compras de alimentos, seja doando cestas básicas e água mineral para a população de Guarulhos (SP), que sofreu com enchentes em dezembro de 2021.

“A indústria sempre nos apoiou e fortaleceu as nossas ações sociais. No final do ano passado, realizamos o Natal #SuperFamília. Abrimos para os fornecedores parceiros e colaboradores doarem valores para a compra de cestas básicas, que foram doadas aos Bancos de Alimentos das cidades de Guarulhos, Jandira e Santo André”, destaca o executivo do Lopes.

 

Lucio Vicente, do Grupo Carrefour Brasil

Lucio Vicente, do Grupo Carrefour Brasil

Contribuindo para o combate à fome no Brasil, o Assaí Atacadista estendeu a quantidade de doações em 2021. Ao todo, foram doadas de maneira direta pela empresa mais de 1.000 toneladas de alimentos, ao mesmo tempo que outras 700 toneladas de produtos alimentares vieram dos clientes, por meio de ações promovidas nas lojas.

No total, as doações diretas do Assaí e dos consumidores simbolizam mais de 3,4 milhões de pratos de comida entregues a famílias carentes nos 23 Estados do país, além do Distrito Federal, por meio de organizações sociais parceiras que ajudaram a distribui-los.

“Combater a fome no Brasil é uma missão urgente e uma responsabilidade coletiva. No Assaí, trabalhamos muito próximo às comunidades e cidades onde temos lojas e estamos intensificando os nossos esforços com as instituições sociais locais, garantindo que as doações contribuam para melhorar a situação de quem está passando fome neste momento”, diz Sandra Vicari, diretora de Gestão de Gente e Sustentabilidade do Assaí.

Bem estimula o bem

Lilian Tonin, da Rede Tonin

Lilian Tonin, da Rede Tonin

Os executivos concordam que é inegável o impacto positivo sobre a imagem das empresas, visto que essas práticas de solidariedade geram uma impressão sólida. Por isso, as companhias buscam envolver a comunidade nas ações, para que haja também uma maior conscientização popular sobre a importância de ser solidário, isto é, da diferença que cada indivíduo pode fazer na vida do outro.

Para Lilian Tonin, do Tonin Supermercados, o intuito é sempre envolver a população em uma causa e elas funcionam justamente por não serem motivadas por interesses comerciais. “O estímulo é genuíno e o público consegue se identificar com essa causa e é sensibilizado por ela, passando a fazer parte”.

As ações de responsabilidade social são encaradas como investimento para as marcas, que compreendem que isso reforça e valoriza o propósito, resultando cada vez mais em solidez para a marca. Isso as tornam mais importantes e pertencentes às comunidades próximas das lojas e são relevantes para todos: clientes, investidores, acionistas, colaboradores e, principalmente, as pessoas que estão sendo auxiliadas.

“Na visão do Lopes, ajudar o próximo é um investimento. Acreditamos que todo recurso destinado para essas frentes terão um retorno melhor e positivo para a sociedade”, completa Osvaldo Leivas, diretor-presidente do Supermercados Lopes.

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