06 de dezembro, 2023

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Brasileiro não abre mão de pesquisar antes de comprar

Consumidor Moderno

Os consumidores latino-americanos estão pesquisando mais antes de comprar. E vale para todas as classes sociais no Brasil, onde o índice de pesquisa de 64% é um pouco maior do que no resto da América Latina, onde 58% dos consumidores estão pesquisando mais antes de comprar.

A preocupação é generalizada, não apenas das pessoas com menor renda disponível. Os dados são da pesquisa “Consumidor do Amanhã“, realizada pela Mosaiclab em 14 países da América Latina, que também revela que os consumidores latino-americanos e brasileiros estão mais preocupados com a relação custo-benefício nas compras, pesquisando mais e dando preferência a locais de compra mais econômicos.

A pesquisa também revela que o consumidor mais antenado, que utiliza o smartphone como ponto de partida para pesquisa e, muitas vezes, para concluir a compra, pode ser denominado “Smart Consumer”. Segundo o levantamento, esse comportamento está bastante disseminado em diversos países, faixas etárias e classes sociais, e sua expectativa futura é que o varejo seja uma extensão do seu braço, simbolizado pelo celular.

“O futuro do varejo será marcado por uma experiência do cliente aprimorada, onde as lojas físicas buscarão criar interações únicas e personalizadas com o auxílio de tecnologias como realidade aumentada e virtual. A omnicanalidade continuará a se expandir, tornando a integração entre lojas físicas e comércio eletrônico mais fluida do que nunca. A automação e a inteligência artificial desempenharão papéis cruciais na eficiência operacional, com robôs auxiliando em tarefas de estoque e IA personalizando recomendações e atendimento ao cliente”, comenta Marcos Gouvêa, CEO da GouvêaEcosystem.

Onde e como latino-americanos preferem comprar

De acordo com o estudo, no Brasil, o formato de varejo com maior atratividade para o consumo futuro é o online, com 65% considerando que esse canal de compra estará mais presente em suas próximas compras, seguido de supermercados, com uma preferência de 43%.

Entretanto, vale destacar que o canal que apresenta o maior crescimento é o Atacarejo, que passou de 37% de preferência futura em 2022 para 40% em 2023. O comércio de proximidade também é relevante, com 39% dos latino-americanos e 36% dos brasileiros declarando que estão comprando mais em locais próximos de casa, no bairro.

Quanto aos aplicativos de entrega, o estudo também mostra uma forte preferência de compra futura, com 44% dos brasileiros e 39% dos latino-americanos declarando que esse canal estará mais presente em suas compras no futuro. Há uma busca por canais onde a compra seja rápida e fácil.

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Estou valorizando locais de compra                                             43%          45%            40%            46%            42%             39%           43%            46%
onde a compra é rápida e fácil

O levantamento aponta que os formatos mais modernos, como lojas autônomas, têm atratividade para 19% dos latino-americanos e 16% dos brasileiros. Entre os brasileiros early adopters, perfil de pessoas que gostam de experimentar novidades, esse percentual cresce de 16% para 23%, mostrando potencial de crescimento.

“Os consumidores estão em busca de escolhas inteligentes, refletindo mais sobre o que comprar, a relevância dos produtos, os preços e as marcas. O impacto na economia e a aceleração das tecnologias são os principais vetores desse comportamento”, explica Gouvêa.

O receio em relação às crises econômicas no país e no mundo preocupa os latino-americanos, principalmente na Argentina e no Chile..

O aumento nos gastos com o custo de vida impacta no potencial de consumo atual da região; essa é uma preocupação para 40% dos latino-americanos, segundo a pesquisa. Paralelamente a isso, há a preocupação com a renda disponível. Menos da metade das pessoas acredita que seus rendimentos aumentaram no último ano, mas muitos dos latino-americanos (77%) acreditam que o rendimento familiar irá melhorar nos próximos 5 a 10 anos.

Os brasileiros são os mais otimistas, com 82% acreditando que seu rendimento irá aumentar. Os mais céticos são os argentinos e chilenos, ambos com 63% das pessoas compartilhando essa opinião. “Com o aumento da renda disponível, há uma maior abertura para o aumento do consumo futuro. No momento, existe uma forte pressão sobre como otimizar a renda disponível em um cenário de incertezas relacionado a crises econômicas, o que leva o consumidor a refletir mais no momento de sua compra”, explica Gouvêa.

O que os consumidores inteligentes preferem

A pesquisa também apresenta a percepção dos consumidores inteligentes. De acordo com o estudo, várias tecnologias passaram a ser questionadas, não apenas por não atenderem algumas demandas, mas também por estarem distantes da maioria da população. Segundo o levantamento, o consumidor brasileiro tinha fortes expectativas que, ao longo do tempo, foram se transformando em frustrações.

Entre as soluções tecnológicas relatadas na pesquisa do ano passado e mencionadas agora, a que mais sofreu queda foi o uso de etiquetas escaneáveis e QR Codes, que passaram de 48% em 2022 para 30% neste ano. Em segundo lugar, ficou a vitrine virtual interativa, que registrou uma queda de 41% para 29% agora. Outra tecnologia que foi menos mencionada é o atendimento personalizado via inteligência artificial, que diminuiu de 41% para 29%.

“Essas tecnologias em si têm um potencial enorme, mas a percepção geral é que a maioria das aplicações não é interessante, há um problema forte de execução e não entregam claramente o que prometem, o que resulta em decepção por parte dos consumidores, tendo assim uma percepção mais crítica sobre certas tecnologias como QR code, VR, vitrine virtual.”, explica Karen Cavalcanti, fundadora da Mosaiclab.

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