
Bianca Alvarenga – Consumidor Moderno
Entender e atender às necessidades do consumidor é um desafio constante para as marcas que desejam prosperar no futuro. Isso porque com a velocidade dos acontecimentos, incertezas econômicas e as inovações tecnológicas, o modo como consumimos produtos e serviços também se modificam. O consumidor de hoje já não é o mesmo de ontem e, sem dúvida, será diferente do consumidor de amanhã. No entanto, à medida que o consumidor, a tecnologia e as preferências evoluem, as marcas devem acompanhar essas mudanças.
A consultoria WSGN divulgou um estudo que identifica sentimento do consumidor que inicialmente que devem se tornar uma realidade para o mercado de massa até 2024. Essas tendências não apenas reflete a evolução das tendências dos consumidores, mas também tem o potencial de impactar o setor de negócios globalmente.
Quais serão os sentimentos esperados do consumidor no próximo ano?
Choque com o Futuro
Esse termo foi criado pelos escritores futuristas Alvin Toffler e Adelaide Farrell em seu livro ‘Future Shock’, de 1972. O termo descreve a paralisia social e emocional trazida por “estresse e desorientação opressivos”, gerados pela magnitude e pela velocidade em que as coisas mudam atualmente.
O estudo prevê que no próximo ano, a intensidade da tecnologia irá transformar radicalmente nossa forma de vida. Com o surgimento da “Internet de Tudo”, testemunharemos a completa dissolução das fronteiras entre o mundo físico e digital. Essa interconexão onipresente promete redefinir a maneira como vivemos e nos relacionamos.
A realidade virtual, embora útil em certos contextos, como procedimentos médicos e treinamento, a crônica do tempo pode causar dissociação da realidade, ansiedade, comportamentos viciantes e esse sentimento se chama Choque com o Futuro.
Excesso de estímulos
Como o próprio nome sugere, o excesso de estímulos causados pela conectividade irá impactar os nossos sentidos. Além disso, a sobrecarga sensorial acontece quando o cérebro recebe mais dados dos cinco sentidos do que ele é capaz de processar. Em 2024, o equilíbrio sensorial vai ser um antídoto ao excesso de estímulos.
Pode ser útil, por exemplo, adotar um ritual de ‘slow–technology‘ pela manhã (usar apenas um dispositivo eletrônico por vez) ou procurar trabalhar sem nenhum som, desativando todas as notificações e ícones.
Otimismo realista
Aqui o estudo faz uma desassociação entre ser otimista realista e ter uma positividade tóxica. A sobrecarga emocional e a fadiga por compaixão são preocupantes. No Brasil, um estudo feito com adultos no Rio Grande do Sul apontou que os sintomas de depressão e ansiedade cresceram 6,6 e 7,4 vezes, respectivamente. Para se ter uma ideia, vídeos com a hashtag #selfcare foram assistidos mais de 20 bilhões de vezes no TikTok e há mais de 60 milhões de postagens #selfcare no Instagram.
Encantamento
Outro dado que chama atenção na pesquisa é que estresse e ansiedade crescem ao mesmo tempo em que consumidores buscam conforto em alimentos e bebidas que melhoram o humor.
“A sensação de arrebatamento que sentimos quando nos deparamos com algo tão poderoso que é difícil de explicar” essa foi a definição Professor de Psicologia da Universidade de Michigan (EUA), Ethan Kross.
Segundo o estudo, o encantamento é uma fusão de temor e admiração, um sentimento que ficou em segundo plano nos últimos dois anos. As pessoas substituíram os momentos de encantamento pela busca de estabilidade, pela sobrevivência e pela certeza.
De acordo com um estudo conduzido por psicólogos das universidades de Stanford e Minnesota, a experiência de encantamento desacelera a percepção do tempo das pessoas.
Marcas devem se preparar para responder a esses sentimentos
O comércio comunitário chegou para ficar
O mundo dos negócios está sempre evoluindo, e em 2024, as empresas enfrentam um cenário desafiador e empolgante. Do crescimento do comércio comunitário à próxima ascensão do metaverso, a capacidade de se adaptar e inovar é essencial para o sucesso empresarial. Para fidelizar o cliente, as empresas devem investir em iniciativas com um sentido de propriedade.
Invista na economia do cuidado
Crie momentos de compra que convidem à reflexão e apoie o consumidor que passa por problemas como doenças, fadiga mental e luto. Incorpore o cuidado às suas entregas. As pessoas estão descartando tudo o que é tóxico em suas vidas – não deixe que a sua empresa esteja nesse mix.
Faça o metaverso trabalhar para você, não contra você
O estudo sugere que as marcas devam participar da Meteconomia, esse é um termo que tem ganhado destaque nos últimos anos, à medida que as tecnologias digitais e as economias virtuais se expandem rapidamente.
De acordo com o estudo, seja criando programa de fidelidade ou produtos digitais para avatares on-line ou investindo na tecnologia, até 2024, as marcas precisarão ter implementado uma metaestratégia sólida.
Acelere no ritmo certo
Faça testes com as estratégias sociais, defina quais categorias de produtos podem ser expandidas e garanta que os seus colaboradores tenham um espaço para descansar e refletir. Apesar das manchetes econômicas, a recuperação pós-pandemia é uma maratona, não uma corrida de 100 metros rasos.
Em tempos de transformações tecnológicas, econômicas, climáticas e incertezas geopolíticas, é fundamental estar cada vez mais atendo ao comportamento do consumidor. Cada vez mais, as empresas devem estar preparadas para tomadas de decisões rápidas e assertivas para acompanhar todas essas mudanças e prosperar em tempos de incertezas.
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