
Redação DC
O apagão que afetou a cidade de São Paulo entre a sexta-feira (3) e a terça-feira (7) provocou queda de 6,4% no faturamento do Varejo, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A comparação é com período similar de 2022 (4 a 8 de novembro).
Na sexta-feira, o blecaute chegou a atingir 2,1 milhões de imóveis da região metropolitana de São Paulo, segundo a distribuidora de energia Enel. Na terça-feira, 200 mil residências e comércios permaneciam às escuras.
Segundo estimativas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apenas na sexta-feira, o comércio na Grande São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 126 milhões. A estimativa é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, observa que a situação afetou principalmente o consumo imediato, por impulso.
Pelo levantamento da Cielo, até a queda de energia no período da tarde, o Varejo paulistano apresentava desempenho 14% superior em relação à sexta-feira comparável do ano passado. Após o blecaute, houve queda de 12,5%. Ainda assim, o saldo do dia ficou positivo, em 2,1%.
A falta de energia afetou principalmente o sábado, dia tradicionalmente forte para o comércio, com retração de 14%. Conforme a distribuição de luz se normalizava, o efeito diminuiu, mas ainda assim foi sentido no domingo (-7,0%), na segunda-feira (-6,8%) e na terça-feira (-5,5%).
SETORES
O setor mais afetado durante os cinco dias de apagão, segundo a Cielo, foi o de Bares e Restaurantes, com queda de 13,7% no faturamento. Na sequência estão Drogarias e Farmácias (-10,9%), Vestuário (-9,4%) e Móveis, Eletro e Depto. (-9,0%).
O segmento de Supermercados e Hipermercados foi um dos menos afetados, com retração de 0,4%.
IMAGEM: Rovena Rosa/Agência Brasil
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