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Vem aí a Páscoa, que promete boas vendas para o comércio

Vendas no varejo da capital paulista devem crescer 8% durante o período. Em todo Brasil, serão criados mais de 25 mil empregos temporários devido ao aumento da demanda nas fábricas e lojas

 

Por Italo Rufino 20 de Março de 2018

| Repórter isrufino@dcomercio.com.br

A menos de um mês da Páscoa, o varejo paulistano está otimista. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga), entidade que representa 40 mil empresas da categoria, é estimado crescimento de 8% nas vendas dos supermercados da capital paulista. Ao mesmo tempo, a alta dos preços de produtos típicos da data ficará em torno de 3% e 5%.

No entanto, o crescimento no faturamento não deverá ser gerado apenas pelos ovos de chocolate, mas principalmente por outros itens com preços mais em conta, como bombons e barras.

“A intenção é investir forte em chocolates em geral, considerando a perspectiva de que o consumidor não deve gastar muito e que produtos na faixa de R$ 20 serão os mais atrativos”, afirma Alvaro Furtado, presidente do Sincovaga.

Uma das empresas que está se preparando para a data é a Ofner, indústria de chocolates, doces e salgados e que também mantém uma rede de confeitaria. A Ofner estima crescimento entre 25% e 30% na produção da fábrica de 6,5 mil metros quadrados, localizada na zona sul da cidade.

Estão sendo produzidos mais de 30 produtos, como ovos e coelhos de chocolates e pães recheados. Entre os principais produtos da marca estão o ovo de brigadeiro e o Art De L’Ocean, ovo com casca de chocolate ao leite e recheio de creme de choco avelã.

FÁBRICA DA OFNER: PRODUÇÃO DEVE CRESCER 30%

 

Para escoar a produção, além dos pontos de venda tradicionais, a Ofner tem utilizado um food truck. Decorado nas cores da marca, o veículo pode ser contratado para vender os produtos em pátios e estacionamentos de empresas e em condomínios residenciais.

A ideia é oferecer mais um canal de venda para os consumidores, com comodidade e preços reduzidos, uma vez que os produtos vendidos no caminhão saem diretamente da fábrica da Ofner.

A loja virtual da marca, inaugurada no final do ano passado, também será beneficiada pela Páscoa. A expectativa é que as vendas no canal online cresçam de 40% a 50%.

Para dar conta da demanda, o Ofner deverá contratar 205 funcionários temporários para atuarem na fábrica e pontos de vendas.

MAIS EMPREGO

A contratação de trabalhadores temporários, sob as novas regras da Reforma Trabalhista, tem sido forte no período. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), foram geradas cerca de 23 mil vagas de trabalho temporário em indústrias e lojas especializadas em todo o Brasil.

O volume de empregos temporários desse ano é considerado positivo pelo setor, pois demonstra um leve sinal de retomada do mercado.

Em 2018, o número de empregos registrado foi apenas 5,9% menor do que nos seis meses que antecederam a Páscoa de 2017. No comparativo de 2017 com 2016, o volume de vagas temporárias havia apresentado um declínio ainda mais significativo, de 15%.

“Nos últimos anos vimos um comportamento atípico do setor que, concomitante com uma forte crise econômica, obrigou as empresas a reverem suas estratégias e se adequarem ao novo cenário”, afirma Ubiracy Fonseca, presidente da ABICAB.

Grandes redes também estão lançado mão de facilidades para estimular o consumo. A rede Extra está dividindo as compras de ovos de Páscoa em até dez vezes sem juros. No Pão de Açúcar, é possível parcelar as compras em até três vezes. Por sua vez, o Carrefour ofereceu 50% de desconto na compra do segundo ovo. A expectativa das redes é que as vendas de ovos de Páscoa aumentem 15%, na comparação com o ano passado.

UBIRACY FONSECA, DA ABICAB: CRISE

OBRIGOU EMPRESAS A REVEREM ESTRATÉGIAS

 

Mesmo após anos de retração, o Brasil ainda é um dos países com maior volume de vendas de Páscoa no mundo. Os dados do primeiro semestre de 2017 do setor de chocolates, divulgados pela ABICAB, reforçam o otimismo para este ano.

No ano passado, o volume de produção ficou praticamente estável no comparativo com o mesmo período de 2016, que havia registrado grande queda. O lado positivo é que, mesmo com uma produção estável, o consumo de chocolates registrou alta de mais de 8% em 2017.

E esses números podem melhorar. A expectativa na recuperação da economia pode ser verificada também em outros setores que fazem parte da cadeia. Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) no final de 2017 apontou que quase 80% das redes consultadas apostavam em estabilidade ou aumento das vendas em dezembro passado.

Outro indicativo que reforça o otimismo é a alta de 13,7% nas vendas do varejo paulistano em dezembro de 2017, o melhor desempenho desde 2010, de acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

“A expectativa é que os dados do segundo semestre do setor de chocolates acompanhem o crescimento do mercado”, afirma Fonseca.

IMAGENS: Thinkstock e Divulgação

 

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