Por: Camila Mendonça
Estudo da CNC mostra que o número de famílias inadimplentes cresce pela primeira vez no ano. Entenda o que houve
Inadimplência cresceu pela primeira vez em 2018
O porcentual de famílias inadimplentes passou para 25,2% em março, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O número representa um crescimento em relação a fevereiro, quando 24,9% das famílias afirmaram estar com dívidas ou contas em atraso – esta é a primeira alta do ano.
Já o número de famílias que afirmam ter dívidas se manteve estável, em 61,2%.
Dos entrevistados, a CNC apurou alta no número de pessoas que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas: de 9,7% para 10%, na comparação mensal.
“O efeito sazonal do comprometimento de renda com gastos extras de início de ano influencia nesse resultado”, afirmou, em nota, Marianne Hanson, economista da CNC.
Inadimplência generalizada
A pesquisa mostra que a inadimplência atinge tanto as famílias com renda abaixo dos dez salários mínimos, como aquelas que recebem acima desse patamar.
Na comparação mensal, houve alta do indicador em ambas as faixas de renda. Na comparação anual, houve alta apenas na faixa de renda superior.
Na faixa de menor renda, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso passou de 27,9% em fevereiro para 28,1% em março de 2018. Em março de 2017, 28,3% das famílias
nessa faixa de renda haviam declarado ter contas em atraso.
Já no grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percentual de inadimplentes alcançou 12,8% em março de 2018, ante 11,9% em fevereiro de 2018 e 10,8% em março de 2017.
O vilão de sempre
Mais uma vez, o cartão de crédito aparece como o principal vilão do endividamento – esta é a principal dívida para 76,4% das famílias.
Os velhos carnês (16,6%) e dívidas no crédito pessoal (10,4%) aparecem em seguida, conforme tabela abaixo:
Fonte: CNC
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