Noel Prioux aponta a pulverização de players e o comportamento fluído do consumidor como fatores importantes na complexidade que o segmento supermercadista ganhou nos últimos anos
O CEO do Grupo Carrefour, Noel Prioux, disse que ficou mais complexo entender a lógica do mercado a partir do momento no qual o consumidor virou omnichannel. Mas não é só isso. Segundo o executivo, o consumidor também criou hábitos fluídos, que migram com facilidade de um setor para o outro.
Nos EUA, lembra Prioux, o consumo fora de casa é mais importante que o dentro de casa. No Brasil, porém, a realidade oscila entra consumo no lar e em restaurantes a depender do momento econômico do país. O CEO revelou que o Carrefour tem procurado adaptar seu modelo de negócios acompanhando as mudanças no comportamento do consumidor.
Na França, por exemplo, ele destaca o fato de que o modelo Drive Thru em supermercados é popular há alguns anos, algo que não aconteceu no Brasil, pelo menos por enquanto. “Esse modelo na França foi exitoso e este ano deve chegar a 10% de todo consumo na França. Antes era de 8%. Uma loja que não tiver esse modelo na França está morta”, aponta Prioux.
Além da fluidez do comportamento do consumidor e suas características locais, o varejo supermercadista tem que lidar com a entrada de players alheios ao varejo e que, do dia para a noite, surgem como força poderosa no mercado. “Hoje, não sei quais são os competidores do Carrefour. Pode ser um restaurante, por exemplo. Pode ser o iFood”, afirma o executivo.
Raphael Coraccini. NOVAREJO.
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