O fundo ressaltou que estima que o Brasil crescerá 2,3% em 2018, graças a condições externas favoráveis e recuperação do consumo privado e investimento.
Por Estadão Conteúdo
| Agência de notícias do Grupo Estado
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que um grande risco para o Brasil é uma alteração da política macroeconômica que pode surgir depois das eleições presidenciais deste ano.
“Um risco chave, no entanto, é que a agenda da política pode mudar na sequência das eleições presidenciais de outubro, elevando a volatilidade de mercado e a incerteza sobre a perspectiva de médio prazo.”
O FMI ressaltou que estima que o Brasil crescerá 2,3% em 2018, graças a condições externas favoráveis e recuperação do consumo privado e investimento.
“A melhora da atividade levará a moderada deterioração das contas correntes”, aponta a instituição multilateral. As avaliações do Fundo foram manifestadas no documento Perspectiva Econômica Regional para o Hemisfério Ocidental divulgado nesta sexta-feira, 11/05.
INFLAÇÃO
O FMI manifestou que espera que a inflação no Brasil deva acelerar gradualmente de 3% na direção do centro da meta em 2019, devido “à política monetária acomodatícia e aumento de preços de alimentos”.
Em relação à gestão das contas públicas, o Fundo apontou que a consolidação fiscal no País continuou em 2017, com melhora da arrecadação de impostos e adiamento de despesas discricionárias. “O atual orçamento implica atuação fiscal expansionista em 2018 e consolidação fiscal começando em 2019, com reduções anuais de gastos do governo de 0,5% do PIB nos próximos 10 anos”, apontou.
“A reforma da Previdência Social, que foi adiada devido a desdobramentos políticos, é chave para assegurar tanto a viabilidade do sistema de pensões como a sustentabilidade de finanças públicas.”
Segundo o Fundo, reformar outros desembolsos obrigatórios, “como a lei de salário”, é também importante para atender a regra de despesas constitucionais e assegurar a sustentabilidade fiscal.
De acordo com o FMI, o ciclo econômico positivo pelo qual o Brasil passa que deve levar a um crescimento de 2,3% neste ano.
IMAGEM: Thinkstock
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