Tecnologia permitiu compreensão da diferença entre ter e usufruir de um bem
FOTO: OLIVIER CAPOULADE •
Publicado em 11/07/19
As principais metas dos jovens há trinta anos eram ter uma casa própria, um carro e constituir uma família. Hoje, a maior preocupação é continuar e aprimorar os estudos, viajar, utilizar os seus recursos financeiros de forma mais assertiva e investir em experiências com amigos e familiares.
O perfil do consumidor foi se adaptando, gerando novos padrões culturais e tendências de consumo. Hoje, a sociedade possui relação mais crítica e consciente com as empresas, e isso faz com que as marcas conversem de forma mais assertiva com o público para atender os requisitos dos seus clientes em gerar uma economia mais compartilhada.
A evolução tecnológica gerou a oportunidade de criar um entendimento maior da diferença entre ter e apenas usufruir de um bem. O consumo compartilhado proporciona economia no valor de determinado serviço ou produto, que será alugado por um período de tempo, ao mesmo tempo que gera uma fonte de renda para quem está oferecendo o serviço, economiza tempo, e ajuda a viver de forma mais sustentável.
O smartphone é o maior responsável pelo crescimento dos serviços de compartilhamento por conta da facilidade em processar dados de pagamentos e de comunicação. Segundo a associação internacional de telefonia GSMA, o número de conexões por meio de smartphones atingiu 417 milhões no final de 2017, representando 62% do total na América Latina e Caribe. A expectativa para 2025 é que esse índice atinja 78%.
Hoje é possível alugar uma bicicleta para ir até o trabalho, compartilhar um carro em uma viagem, se hospedar na casa de moradores de uma outra cidade para passar o fim de semana, dividir o escritório com outras empresas ou reservar um helicóptero compartilhado para ajudá-lo a economizar tempo entre os compromissos.
A cultura de compartilhamento é uma tendência mundial de consumo que tem a expectativa de movimentar US$ 335 bilhões mundialmente em 2025, segundo pesquisa da consultoria PWC. No Brasil, a estimativa é de crescimento – principalmente no Produto Interno Bruto (PIB) do setor de serviços. Só o compartilhamento de casas no País foi responsável por gerar R$ 2,5 bilhões do PIB brasileiro em 2017.
O consumo compartilhado permite que as pessoas usufruam de serviços e bens com muito menos capital. É também uma forma de aprender a empregar o capital com mais eficiência e de como utilizar bem o tempo disponível, melhorando a própria qualidade de vida. Trata-se de um consumo colaborativo e político, tem mais a ver com acesso do que a posse de recursos.
A Voom, líder global em mobilidade urbana aérea, desenvolveu uma tecnologia de reserva de assentos, que permite oferecer o serviço de reserva de helicóptero compartilhado mais acessível de São Paulo. Por meio do site ou do aplicativo, os passageiros podem reservar um voo em até uma hora e chegar em poucos minutos até o destino final. Além disso, já se oferece voos com preços até 80% menores que as operadoras de táxi aéreo tradicionais. Esta nova opção de serviço abriu um novo mercado, demonstrado pelo fato de que 50% dos passageiros da Voom, por exemplo, voaram pela primeira vez por meio da plataforma. Como resultado, essas empresas estão democratizando as viagens de helicóptero nas cidades mais congestionadas do mundo, além de estimular um ecossistema que ajudará a viabilizar as cidades verticais do futuro.
Olivier Capoulade é country manager da Voom no Brasil – voom@singcomunica.com.br
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