Apertem os cintos, 2022 vem aí

(*) Alvaro Furtado

 

Com recessão econômica, pandemia e eleições presidenciais, o ano de 2022 não será para os fracos. A única certeza serão as turbulências a vista: entraremos exaustos no terceiro ano de pandemia e com medo da quarta onda, torcendo por novos caminhos na política, e assombrados pelo fantasma da inflação de dois dígitos, que aumenta um pouco o peso de cada novo boleto que chega.

 

No que tange à economia, o Brasil viveu a pandemia de forma relativamente igual ao restante do mundo. Entretanto, já vínhamos crescendo em velocidade muito aquém da média mundial. O problema tem sido como o país tem se recuperado, pois hoje há um enorme desrespeito à normais fiscais. Isso está impactando o ritmo da aceleração econômica, gerando enorme volatilidade, e prejudicando a credibilidade do país no exterior, o que afasta investimentos.

 

Resultado do cenário em 2021, a renda do consumidor despencou e, com menos dinheiro no bolso, as compras vão ficando mais racionais, concentrando-se no básico. Por isso, o fim de ano em termos de consumo será com aquele respiro da sazonalidade, mas nada que indique um aquecimento significativo para 2022. Quem sabe em 2023, com o cenário eleitoral definido, será possível vislumbrar o horizonte que navegaremos.

 

O varejo de alimentos não está alheio, nem está a salvo dessas turbulências. Ainda que não consigamos prever o futuro, o sistema sindical dá respostas às demandas de seus representados levando informação e orientação para os empresários conseguirem viabilizar suas operações. Foi assim na pandemia, um cenário totalmente desconhecido e que demandou agilidade e responsabilidade nas decisões, e continuará sendo neste novo ano que começa, se depender do esforço do Sincovaga e de sua equipe.

 

Nesse momento de renovar as forças e as esperanças em dias melhores, desejamos a todos os que fazem o varejo de alimentos essencial à sociedade e à economia do Brasil um 2022 de muita saúde, trabalho e realizações!