A fabricante holandesa de bebidas Heineken registrou queda de 68,56% no lucro líquido do primeiro trimestre na comparação com mesmo período do ano anterior, para 94 milhões de euros.
A empresa diz que o volume de cerveja vendido caiu em março e os benefícios gerados pelas ações para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19 foram limitados. Em todo o mundo o volume de cerveja vendido caiu 2,1%, sendo uma queda de 14% em março, mês mais atingido pela pandemia.
No Brasil, que se tornou o principal mercado da marca principal da empresa — a Heineken —, o volume total de cerveja vendida caiu cerca de 5% no trimestre. O portfólio de cervejas premium, no qual a cerveja Heineken está incluída, cresceu dois dígitos, ou seja, de pelo menos 10%. As vendas do rótulo Heineken ainda cresceram mais de 50% no país.
No entanto, o volume do portfólio de marcas de preços mais baixos caiu em torno de 25% e o de outras bebidas caiu cerca de 33% devido a retirada dos produtos em algumas regiões com margens de lucro menores.
A empresa diz que entrou na crise com um forte balanço patrimonial e uma linha de crédito rotativo não utilizada de 3,5 bilhões de euros, com vencimento em 2024. “Nas últimas semanas, a Heineken conseguiu obter financiamento adicional com a emissão de novos títulos”, diz a companhia em comunicado.
A empresa diz que reduziu despesas e suspendeu investimentos que ainda estavam apenas planejados. Devido às incertezas, a Heineken suspendeu as projeções para o ano de 2020, destacando o risco significativo de impactos negativos na transação e na conversão devido à desvalorização das moedas dos mercados emergentes em relação ao dólar e ao euro e o aumento dos riscos de perdas de crédito de clientes e fornecedores.
Fonte: G1
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