Por Lucas Borba
A luta contra o Coronavírus prossegue no Brasil e em âmbito global. Como vem sendo noticiado nas mídias à pedido de autoridades médicas e do próprio Ministério da Saúde, os próximos dias são decisivos para que tornemos a curva de contágio pelo vírus o menos acentuada possível.
Para isso, é fundamental que quem puder permaneça em casa impreterivelmente, principalmente idosos, embora jovens contaminados, mesmo não sendo gravemente impactados, possam transmitir a doença para familiares e outras pessoas mais velhas. Se tiver de ir ao mercado ou a outro local, vá sozinho(a) e retorne para casa o quanto antes. Lave as mãos assim que chegar em casa, bem como a maçaneta da porta de entrada e, o que é ideal, especialmente se morar com alguém, tome um banho e coloque para lavar toda a roupa que estiver usando.
São medidas que devem ser adotadas por todas as pessoas, em um esforço conjunto para superarmos essa crise com a maior brevidade e do modo menos doloroso possível. Além desses cuidados, porém, existem algumas dicas de prevenção que se aplicam a pessoas com deficiências específicas e idosos (confira abaixo).
A organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) divulgou uma nota com alguns alertas. O texto menciona, por exemplo, a importância das pessoas com deficiência visual higienizarem suas bengalas, com água e sabão ou álcool líquido a 70%, uma vez ao dia ou sempre após deslocamento externo. No caso de quem tem baixa visão, a nota alerta para a higienização diária de óculos ou lentes de contato. Como as pessoas estão sendo orientadas a tossir e espirrar no antebraço, o texto recomenda que, ao aceitar o auxílio de um pedestre na rua, a pessoa com deficiência visual pegue no ombro do transeunte, e não no cotovelo, como de praxe. A nota ainda reforça que pessoas com doenças oculares devem evitar o contágio, pois ele pode ocasionar o agravamento da doença, principalmente em pessoas com baixa visão.
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) também divulgou recomendações específicas para pessoas com deficiência que apresentem sequelas graves, principalmente com restrições respiratórias, dificuldade na comunicação e com cuidados pessoais, pessoas idosas acima de 60 anos, com doenças associadas como Diabete, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rim, doenças neurológicas e em tratamento de câncer. Pessoas com deficiência física que sejam cadeirantes, por exemplo, devem limpar com álcool gel o aro de impulsão da cadeira de rodas, o joy stick da cadeira motorizada e barras de apoio dos banheiros. A higienização diária também vale para andadores e outros instrumentos de locomoção.
A nota da SEDPcD) alerta para os cuidados redobrados com higiene no caso de pessoas com deficiência intelectual e motora com alto grau de dependência. Ainda segundo o texto, pessoas com deficiência com quadro neurológico e idosos podem apresentar sintomas específicos associados à infecção pelo Coronavírus, tais como piora brusca no quadro geral de saúde, perda de memória e/ou confusão mental, perda de mobilidade e força e fadiga repentina – nesses casos, procurar o serviço de saúde mais próximo do local de residência.
No caso de pessoas com deficiência do grupo de risco e em uso de medicamentos, diz a nota, não interromper o uso regular dos remédios, a não ser por ordem médica. O uso de medicamentos imunossupressores, porém, contrapõe o texto, pode elevar o risco da pessoa contrair a infecção e, nesses casos, as medidas de prevenção devem ser redobradas.
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