05 de outubro, 2024

Notícias

Home » Inclusão Social / Coexistir » Desigualdade no Brasil atinge mais duramente pessoas com deficiência, mostra IBGE

Desigualdade no Brasil atinge mais duramente pessoas com deficiência, mostra IBGE

Imagem: freepik - br.freepik.com

RIO – Considerada um dos maiores problemas do Brasil, a desigualdade atinge ainda mais duramente pessoas com deficiência física ou mental. A constatação está na pesquisa Pessoas com Deficiência e as Desigualdades Sociais, divulgada na manhã desta quarta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o trabalho, a taxa de participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é bem baixa, 28,3%. É um porcentual bem menor do que o de pessoas sem deficiência, 66,3%. E o seu rendimento médio mensal é de R$ 1.639, enquanto que os trabalhadores sem deficiência recebem em média R$ 2.619.

As pessoas com deficiência estão concentradas em áreas do mercado de trabalho que tradicionalmente pagam menos, como serviços domésticos, agropecuária, e alojamento e alimentação. A desocupação também é maior nesse grupo: 10,3% contra 9%.

Mulheres e pretos ou pardos: situação pior

Dificuldades e desvantagens no mercado de trabalho são reconhecidamente maiores para mulheres e pessoas de cor preta ou parda. A situação é pior entre as pessoas com deficiência, em que as desvantagens se acumulam. Mulheres com deficiência têm taxas de desocupação maiores que as dos homens. Para as mulheres negras, essa taxa chega a 13,4%. O mesmo indicador é de 12,6% para as mulheres brancas com deficiência e de 8,3% para as mulheres brancas sem deficiência.

Segundo a pesquisa, há no Brasil 17,2 milhões de pessoas com deficiência. Isso corresponde a 8,4% da população. A maior proporção delas vive no Nordeste (9,9%) e a menor no Centro-Oeste (7,1%).

O trabalho do IBGE revela que as deficiências se concentram entre pessoas mais idosas. Entre aquelas com 60 anos ou mais, 24,8% apresentavam alguma deficiência, enquanto na faixa de 2 a 59 anos o porcentual corresponde a 5,1%. O perfil das pessoas com deficiência é mais feminino (9,9%) do que masculino (6,9%). Quando se considera a cor ou a raça, é mais incidente entre as pessoas pretas ou pardas (8,7%) do que entre as brancas (8%).

Comentários