28 de março, 2024

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Em evolução, atacarejos focam na experiência de compra

Os atacarejos “raiz”, de décadas atrás, quando viraram febre, eram galpões com cara de estoque, em que era preciso abrir mão do conforto e da variedade e desviar dos pallets e empilhadeiras para conseguir preços melhores. Hoje as empresas querem saber o que o cliente deseja para oferecer exatamente o que ele precisa, em um ambiente atraente, seja físico ou virtual, com preços competitivos e um mix de dar inveja a muitos hipermercados.

Refúgio em momentos de instabilidade econômica, os atacarejos têm um formato que agrada tanto o brasileiro que nos últimos anos esses foram os equipamentos do varejo alimentar mais visitados por 60% da população, incluindo o consumidor comum, não apenas o “transformador”, como são chamadas pizzarias, restaurantes e pequenos negócios de alimentação fora do lar.

“Nosso público é composto também de microempreendedores da área da alimentação e consumidores finais. Todas essas pessoas vêm às nossas lojas para abastecer seus comércios, adquirir insumos para os produtos alimentícios que vendem ou abastecer as suas casas”, diz Marco Oliveira, CEO do Atacadão. O segredo do sucesso, porém, que já foi “apenas” o preço, passa hoje em dia por uma infinidade de aspectos.

 

“Muito mais que o ambiente, o cliente quer uma combinação de preço e sortimento, o que exige um trabalho incansável com fornecedores para atingir essa equação perfeita”, afirma o executivo. “Hoje temos um dos maiores mix de produtos com preços extremamente competitivos. Isso fideliza o cliente, pois ele sabe que, em qualquer uma de nossas 253 lojas, vai sempre encontrar a melhor oferta.”

 

Marco Oliveira, do Atacadão

Outro ponto muito bem-visto pelo “cliente Atacadão”, segundo ele, é a variedade de produtos regionais. “Além de valorizarmos a cultura e hábitos de alimentação locais, damos oportunidades para que produtores e fornecedores locais cresçam e desenvolvam seus negócios junto com a gente.”

Com 60 anos de mercado e a presença em todos os estados, o Atacadão vê na experiência um trunfo para acompanhar as tendências. “Conseguimos nos adaptar e nos antecipar às necessidades e vontades do público, com uma série de atrativos em nossas lojas, como cafés, farmácias, postos de combustível, que formam um mix de serviços que também fideliza”, completa Oliveira.

Mas é em outro tipo de experiência, na de compra, que o Roldão Atacadista aposta. “Tudo influi positivamente, desde a localização da loja, sinalização de categorias, exposição de produtos e espaços de corredor, até a diversidade do mix de produtos e os preços vantajosos”, explica Eduardo Roldão, presidente da companhia.

Até açougue, serviço pouco oferecido pelo segmento, tornou-se um diferencial para agradar desde as famílias até os pequenos comerciantes. “Nosso público é diverso. Inclusive a classe média descobriu as vantagens de comprar no atacado e, na maioria das vezes, em maior quantidade com mais economia”, avalia o executivo do Roldão. Para ele, o atacarejo é capaz de atrair vários perfis de clientes, sejam os que buscam a compra para abastecimento quanto para reposição, o que acaba gerando muitas oportunidades de ofertas.

Balizado pela opinião dos clientes, o Assaí evoluiu nos últimos 10 anos com foco em melhorar a experiência de compra. A iniciativa passa pelo próprio formato de loja, que foi totalmente remodelado, além de mudanças na ambientação, criando corredores mais largos, lojas maiores e bem iluminadas, quanto em serviços, como a criação de uma seção de açougue e estacionamentos maiores.

“Temos ampliado o número de produtos oferecidos, que chegam a mais de 8 mil itens por loja, e também o de colaboradores (as) por unidade. Ao mesmo tempo que isso atende a uma expectativa dos clientes, acaba servindo de convite para que outros venham nos conhecer e acabem retornando ao comprovar que a empresa oferece não apenas preços baixos, mas também variedade de produtos em um ambiente agradável”, informa Luiz Carlos Araújo Costa, diretor de Operações do Assaí Atacadista.

 

Eduardo Roldão, do Roldão Atacadista

Ambiente virtual

Fora do ambiente físico, os atacarejos também querem conquistar mais clientes. Hoje o Atacadão tem site próprio, marketplace e parceria com aplicativos de entrega. “No marketplace, contamos com mais de 300 sellers parceiros e cerca de 50 mil produtos, e chegamos a aproximadamente 5 mil cidades a partir dos nossos 33 atacados de entrega. Já nos aplicativos, estamos presentes em 120 lojas de 60 cidades, com uma equipe de shoppers dedicados a atender em tempo real os pedidos que chegam pelos aplicativos”, enumera Oliveira, CEO da companhia.

 

Lojas de todos os tamanhos

Outra mudança que atingiu em cheio os atacarejos foi a dificuldade de encontrar terrenos ou pontos com tamanho suficiente para abrir lojas nos moldes antigos. Praticamente todas as marcas ou já abriram ou planejam ampliar as operações em formatos compactos, mas sempre pensando em uma distribuição interna mais estratégica.

“Atualmente estamos focando em unidades menores, com maior número de caixas, por exemplo. Isso amplia a velocidade de atendimento e, por consequência, aumenta a conversão de vendas. O cliente vai a uma loja e, mesmo não sendo tão grande, sabe que será atendido rapidamente”, destaca Oliveira, do Atacadão, que tem lojas de diversos portes, desde grandes atacarejos (com mais de 5 mil m²) até lojas menores, como a recém-inaugurada unidade de Valença, na Bahia, com 3.230 m².

Se a localização nas Marginais já foi símbolo de status para os atacarejos com seus terrenos gigantes, estar próximo do consumidor nos bairros é uma das prioridades do Roldão Atacadista, que nasceu na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. Itaim Paulista e Mooca são exemplos de bairros onde a empresa já está presente e sempre atenta a espaços físicos em todas as regiões para implantar novos pontos.

Se a oferta de terrenos é pequena, a demanda por lojas nas áreas mais próximas das residências e nas áreas centrais das cidades não para, o que se torna um desafio adicional para as redes crescerem. No caso do Assaí, quando há oportunidade de terreno, a empresa realiza a expansão de forma orgânica. Quando não, o que é cada vez mais comum em grandes centros urbanos, a companhia entra por meio da compra de espaços.

“Isso ocorreu quando anunciamos, em 2021, a compra de 70 pontos comerciais do Extra Hiper. São locais muito bem localizados, em regiões adensadas e amplamente conhecidas do público local. Neste momento, estamos em processo de obras da maioria desses pontos para convertê-los em Assaí a partir do segundo semestre deste ano”, diz Luiz Carlos Araújo Costa, diretor de Operações do Assaí Atacadista.

Mas não significa que não exista mais espaço − e público − para as lojas de atacarejo tamanho GG tradicionais. “A dificuldade está sempre em encontrar um terreno que atenda ao tamanho de uma loja Assaí. Para ter ideia, a última loja inaugurada no estado de São Paulo foi em Ribeirão Preto, em maio último, que conta com mais de 16 mil m² de área construída, sendo quase 7 mil m² só de loja”, destaca Costa. “Este tamanho é fundamental para a operação do formato, que utiliza o próprio salão de vendas para acomodar produtos e, assim, ampliar a capacidade de armazenamento da unidade, o que contribui para a oferta de preços baixos e variedade de produtos na ponta para os clientes.”

E por falar em expansão e diante da situação econômica do país, inauguração é sempre uma boa notícia. “No segundo semestre vamos abrir uma nova loja, em Praia Grande (SP), gerando cerca de 300 empregos. Nosso negócio é oferecer maiores possibilidades de economia, contribuir com o consumidor brasileiro, especialmente em um momento de dificuldades financeiras que milhares de famílias enfrentam”, conclui Eduardo Roldão.

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