Grande rede de supermercados deve vender 13 lojas: vai falir?

Djamilla Ribeiro Martins

Até o final do ano, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), pretende vender 13 lojas, entre elas está uma unidade na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que já está fechada e é avaliada em R$ 250 milhões. Também há planos de vender o edifício onde está localizada a sede administrativa da companhia, no Jardim Paulista, em São Paulo, também por R$ 250 milhões.

As vendas, de acordo com o presidente Marcelo Pimentel, fazem parte de um trabalho de revisão de sortimentos que está sendo realizado na companhia, assim, a margem bruta do GPA deve ficar entre 26% e 27%. O resultado do primeiro trimestre demonstra que a revisão nas operações já está dando efeito.

Mudanças na operação do GPA

O processo de revisão nas operações do GPA teve início nos supermercados Pão de Açúcar e agora impactará também as demais lojas do grupo, inclusive os e-commerces. Com o crescimento das lojas em formato premium, negociações comerciais, aumento no oferecimento de perecíveis e redução da perda, a margem bruta do GPA subiu 1,2 ponto percentual na comparação com o quarto trimestre de 2022, fechando o primeiro trimestre de 2023 em 24,4%.

No entanto, devido ao impacto da alta da inflação nos custos de mercadoria, mão de obra e logísticos, quando comparado ao mesmo trimestre de 2022, quando fechou em 26,9%, a margem bruta teve uma queda de 2,5 pontos.

Aumento nas vendas

Já o segundo semestre do GPA começou em “outro patamar”, com vendas recordes na Páscoa e com manutenção da penetração das vendas on-line acima de 10%. Entretanto, até o final de 2023, segundo Pimentel, a companhia pretende que suas vendas no e-commerce cheguem a 15%.

Além disso, o executivo afirmou que o grupo está transformando as lojas físicas em “hubs”, diminuindo a participação de vendas online e a dependência dos centros de distribuição. Todos os projetos do grupo tiveram início no começo do ano e devem ser concluídos até dezembro.

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