13 de outubro, 2024

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Manutenção de isenção a carnes e peixes vem ao encontro do que o brasileiro quer

Se de um lado a inclusão de carnes e peixes na cesta básica nacional de alimentos, livre de tributos, ainda não é consenso entre os parlamentares; de outro, uma maior demanda por proteínas animais, entre os consumidores brasileiros, já é um fato consumado.

No primeiro semestre deste ano os lares brasileiros consumiram, em média, 54 quilos de proteínas de origem animal, um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse avanço se deve especialmente à estabilização dos preços. O brasileiro faz hoje, em média, quatro compras de proteínas por mês, uma missão a mais do que fazia em 2023. A maior concentração ainda é de aves, bovinos e suínos, que representam 64% do volume consumido no País.

Atualmente, as proteínas de origem animal são consumidas semanalmente por mais de 93% dos brasileiros, sendo as carnes bovinas responsáveis por quase 33,8% das ocasiões de uso dessa cesta. O consumo de carne bovina tem apresentado constância desde 2022, quando representava 34,2% dos momentos de consumo. Já a suína registrou avanço de 1,8 pontos percentuais em ocasiões de uso no último ano e 3,2% em penetração semanal, atingindo, atualmente, 8,2% do share da cesta de proteínas.

Importante destacar que as classes D e E têm tido mais acesso a cortes de maior valor agregado e incorporaram novos cortes à sua rotina de alimentação.

O acém é o corte mais consumido de forma praticamente generalizada pelo Brasil, com maior importância na Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro. A maior parte das compras de carnes é feita em supermercados (20,7% do volume), com ticket médio de R$ 50,59; pequeno varejo (30,2%), com ticket médio de R$51,42 e varejo tradicional (21,1%) e ticket médio R$43,3. O açougue é responsável por 7,7% do volume consumido nos lares, mas com maior desembolso R$ 66,85.

Os pratos mais preparados pelos brasileiros com carnes são, nesta ordem, carne assada ou cozida (42,6%), bife (41,4%), carne de sol (4,7%). O momento de churrasco também vem crescendo, com mais de 40 milhões de ocasiões por ano.

Os dados acima são do Painel de Uso e Consumo da Kantar, que reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.

Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou a inclusão das carnes e peixes na cesta básica nacional de alimentos (CBNA), zerada de tributos. Com isso, esses itens não serão afetadas pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS). O texto, atualmente, está sob análise do Senado.

Para a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que tem representado ativamente o varejo alimentar e os consumidores do Brasil ao longo das discussões sobre o novo sistema tributário para o País, a total desoneração das proteínas de origem animal representa um avanço significativo no acesso das famílias brasileiras aos alimentos essenciais. Segundo a entidade, isso é fundamental para garantir que os brasileiros, sem distinção de renda ou local de consumo, possam ter uma alimentação nutritiva e adequada. Para a ABRAS, a medida trará benefícios duradouros para a sociedade brasileira, contribuindo para a renda dos produtores de alimentos, para a redução da fome e para o fortalecimento da segurança alimentar, sobretudo para as famílias de médias e baixas rendas, que representam cerca de 90% da população do Brasil.

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