09 de dezembro, 2024

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Momento de renovar a esperança

Final de ano, época de retrospectiva e expectativa. Assistimos nos últimos 12 meses a vários acontecimentos na economia aos quais foi impossível ficar indiferente: alguns nos deixaram atônitos, outros nos deram alento.

Temos hoje uma taxa de juros de país civilizado, de fazer inveja aos vizinhos sul-americanos, e que deve continuar caindo, porém ela não animou ainda os investidores internacionais, embora afugente os especuladores.

A inflação está baixa, assim como a demanda e aí nada, ou bem pouco, acontece. A taxa de desemprego está em queda, com mais gente de carteira assinada, mas a informalidade aumentou, assim como o número de pessoas que foi trabalhar por conta própria. Desse modo, com o futuro incerto, nem todo mundo se anima a contratar crédito e consumir, pois a renda não cresceu de forma estrutural. E quem tem dinheiro deve priorizar quitar dívidas e o consumo vai disputar o que sobrar, se sobrar.

Apesar de tudo, o varejo de alimentos terá um ano melhor que o anterior, em boa parte apoiado em sua essencialidade. A Black Friday já trouxe boas notícias e o Natal vai surfar essa onda positiva. Aguardamos um modesto “recorde” de vendas. Antes assim!

Em 2020, o governo precisa criar mais estímulos à produção e ao investimento e gerar mais empregos e renda. A reforma da previdência foi aprovada e há bons ventos soprando, mas é preciso avançar na administrativa e, principalmente, na tributária, sonho de consumo de dez em cada dez empresários. O sistema tributário brasileiro, com todo respeito, é uma jabuticaba, que pune quem produz. Com uma carga tributária mais justa, toda a sociedade ganha.

No que se refere ao Sincovaga, o ano foi de muito trabalho, como nunca. A reforma trabalhista abriu caminhos, criou desafios e fortaleceu nossa representatividade. Conseguimos aprovar inovações nas convenções que possibilitaram desonerar as empresas, como o trabalho aos domingos e feriados. Isso trouxe o reconhecimento dos representados aos nossos esforços, ainda que existam resquícios de posturas e mentalidades que já não condizem com a realidade da relação entre empresário e trabalhador.

Por tudo isso, é possível comemorar o ano que termina, sem perder a esperança em 2020. Afinal, ela é essencial nas nossas vidas, assim como o comércio.

 

Feliz Natal, excelente 2020!

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