
O novo salário mínimo nacional, de R$ 1.518, começou a ser pago no último sábado (1). Apesar de estar em vigor desde janeiro de 2025, o pagamento ocorre apenas em fevereiro, visto que os trabalhadores recebem o valor referente ao mês anterior. O reajuste representa um aumento de 7,5% em relação ao salário mínimo anterior, que era de R$ 1.412, ou seja, um acréscimo de R$ 106. As datas de pagamento são distintas para cada tipo de trabalhador ou beneficiário.
O novo valor impacta diretamente não apenas os trabalhadores que recebem o mínimo, mas também benefícios como o seguro-desemprego e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pagos pelo governo federal. Este valor foi estabelecido segundo as novas regras de atualização, que fazem parte do pacote de contenção de gastos apresentado pelo governo e aprovado pelo Congresso. A equipe econômica espera economizar R$ 15,3 bilhões nos próximos dois anos com a mudança.
“A partir de 1º de janeiro de 2025, o valor do salário mínimo será de R$ 1.518,00 (mil quinhentos e dezoito reais). Parágrafo único. Em decorrência do disposto no caput, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 50,60 (cinquenta reais e sessenta centavos) e o valor horário, a R$ 6,90 (seis reais e noventa centavos)”, diz o decreto publicado no último ano.
Antes, pela regra chancelada no início do governo Lula, o salário mínimo seria corrigido considerando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) adicionado à taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores (3,2% em 2023). Para se adequar ao arcabouço fiscal, se a alta do PIB de dois anos anteriores for maior que o crescimento real que as despesas terão no exercício, o reajuste real do salário mínimo terá o mesmo percentual de avanço real dos gastos – que corresponde a 70% do avanço da receita e tem um teto de 2,5%.
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