Diagnósticos incessantes e repetitivos todos os dias. Precisamos disso, precisamos daquilo. Agora falta isso. Olha a última fofoca palaciana brasiliense. Vivemos uma fossa abissal mais profunda do que Mindanao de obscurantismo cerebral. Então basta tirar os olhos dos retrovisores, e parar de se comportar como siri em balaio onde um não deixa o outro sair.
Qual o Brasil que queremos? Aquele que sabe fazer muito bem feito o que já fazemos. Quero o Brasil das cooperativas bem lideradas, um show, um sucesso desde as agroindústrias, passando pelo crédito, transporte e agrícolas. Quero o Brasil da pecuária legal. Genial a liga do Araguaia. Resgatando carbono, e vai dar show na olimpíada do Japão, um pessoal já acima do normal.
Quero o Brasil do Plano ABC de baixo carbono. 50 milhões de hectares do maior plano de sustentabilidade agrícola do planeta. Quero agricultores com rastreabilidade, obtendo selos como Global Gap, e participando de programas como Rama de rastreabilidade e monitoramento de alimentos.
Quero um supermercado como fala Márcio Milan, superintendente da Abras, Associação Brasileira de Supermercados, onde cada ponto de venda pode virar um ponto de educação. Quero o café da plataforma global do café. Da mesma forma o novo cacau. Quero o trabalho de indicação geográfica de todo Nordeste. Quero o biodiesel, o biocombustível. E, sem dúvida, todo programa de biogás do país, com biodigestores e geradores.
Quero a soja certificada de Balsas do Maranhão. E também o exemplo positivo da sociedade civil organizada que onde atua eleva a qualidade de vida de toda a população. Para cada mácula brasileira da ilegalidade, da desgovernança existem brasileiros que já fazem muito bem feito o que tem que ser feito. Vamos parar e prestar atenção. O mundo que vemos do lado de fora dos nossos olhos refletem o mundo que vemos do lado de dentro de nossos cérebros. Na vida, na natureza os olhos não existem para olhar para dentro.
Ficaríamos loucos se pudéssemos enxergar nossos órgãos interiores. Enlouqueceríamos se ouvíssemos o jorrro do nosso sangue, o bater do coração. O cheiro do nosso interior da mesma forma não seria agradável e muito menos o sabor. Assim como o tato das nossas artérias, veias, músculos e gorduras não seriam as mais deliciosas das texturas a experimentar. E dores horrorosas se nossos nervos pudéssemos cutucar. Por isso fomos esculpidos com um organismo para funcionar intimamente voltado a auscultar e experienciar o mundo do lado de fora.
Temos fatos e realidades espetaculares. Devemos parar de olhar os erros e ilegalidades? Não, jamais. Porém se não cultivarmos o que e aqueles que já fazem muito bem feito o que tem que ser feito, estaremos injustamente condenando todos ao cesto da mediocridade.
Hora de curtir o Brasil que sabe o que faz.
José Luiz Tejon para a Jovem Pan.
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