05 de outubro, 2024

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O futuro do varejo físico pode estar na personalização e na exclusividade

Foto: jcomp - br.freepik.com

O avanço da tecnologia tem movimentado a sociedade por todo o mundo em distintas áreas. E no varejo não seria diferente. A pandemia acabou catapultando o e-commerce, desenvolvendo a área digital das empresas como nunca. Mas e o ponto de venda físico, como ficou? Está sendo transformado em um local de experiências para o consumidor. E, por que não, de personalização e até exclusividade.

Se em um futuro em que a Inteligência Artificial dominará a criação de músicas e filmes, por exemplo, a experiência do “ao vivo”, indo ao teatro ou a um show do artista preferido, poderá ser o grande diferencial, em um futuro cada vez mais dominado pelo varejo online, a loja física poderá atuar como algo único.

“Daqui 10 ou 15 anos eu imagino que em cada loja, de cada cliente, você só vai conseguir comprar aquele produto específico lá. É o único jeito de você manter o apelo para a pessoa visitar aquela loja”, projetou Munir Trad, diretor sênior de Planejamento Integrado da Puma América do Norte.

Ele e Fernando Penna, diretor sênior da Tencent, empresa chinesa de tecnologia, participaram de um dos painéis do Latam Retail Show 2024, o maior evento B2B de varejo e consumo da América Latina. O palco foi comandado por Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem.

O tema proposto? “A desglobalização do varejo físico e a meta globalização do varejo digital”. “Cada vez mais temos visto novas tendências, novas tecnologias. Hoje já podemos comprar produtos no online por todo o mundo. Muitas vezes nem sabemos se o que estamos comprando está dentro ou fora do país. Então temos que usar essa tecnologia para tornar essa experiência cada vez melhor”, afirmou Fernando.

“O investimento no digital vai continuar crescendo. A única coisa no mercado físico que eu vejo de diferente do senso comum é que o investimento é muito menor em mercado físico próprio e muito mais ajudando as lojas e os clientes a se manterem relevantes no mercado. Você ajuda dando exclusividade de produtos para o mercado físico, para que ele sobreviva”, revelou Trad.

Se por um lado o foco no varejo físico vai estar na experiência do consumidor, por outro, o varejo online deve seguir em forte crescimento, conseguindo aproximar um consumidor de um lado do planeta a um produto que está do outro lado. Mas e quem ainda não tem um digital tão robusto e quer crescer? A tecnologia segue sendo a melhor via, mas sem nunca esquecer da experiência do consumidor.

“Acho que o caminho para quem quer investir em digitalização é escalar as vendas. Podemos olhar para a China, por exemplo, com mais de 1 bilhão de pessoas. Como que eles escalam isso através de tecnologia? Desde os super apps até a parte de logística, passando pelo pagamento. Tudo isso facilita a vida do usuário no dia a dia. Em um mercado de uma população de bilhão, se não conseguirmos escalar através de tecnologia o crescimento vai acabar sendo inviável. Exemplos como super apps, palm pay, cloud ajudam o varejista a proporcionar uma experiência melhor para o consumidor”, finalizou o diretor da Tencent.

O futuro do varejo físico pode estar na personalização e na exclusividade – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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