O preço do café ao consumidor final apresentou alta de 2,54% no mês de agosto, com esse resultado, o produto acumula alta de mais de 16% nos últimos 12 meses. Os dados são do Índice de Preços de Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a FIPE.
Entre dezembro de 2019, período pré-pandemia, e agosto de 2024, o IPS teve alta de 52%. Enquanto isso, o café em pó aumentou mais de 121% para o consumidor final.
De acordo com o economista-chefe da APAS, Felipe Queiroz, a disparada do preço do café nas prateleiras não é causado nem pelo aumento da demanda doméstica, nem pela redução da produção interna. “O preço do café ao consumidor final paulista tem crescido em decorrência do aumento do preço da commodity no mercado internacional e também por conta da desvalorização cambial. Os países do sudeste asiático, especialmente o Vietnã, importante produtor mundial de café, tem apresentado forte queda de produção, próximo de 20%, motivado pelas alterações climáticas”, explica o especialista.
O economista ressalta que a projeção de queda da produção vietnamita, por um lado, eleva os preços do café nas bolsas internacionais e, por outro, estimula a produção da categoria do café em diferentes partes do país, sobretudo no Estado do Espírito Santo.
“Junto com a valorização da commodity no mercado internacional, a desvalorização cambial produz um incentivo maior ao produtor local direcionar a produção ao mercado internacional ou, então, faz com que ele ajuste o preço local ao preço internacional”, conclui.
Preço do café aumenta mais de 16% em um ano | SuperVarejo
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