25 de abril, 2024

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Supermercado on-line permanece como tendência mesmo depois da pandemia

O mundo começou neste ano a se recuperar da pandemia, mas a febre do comércio eletrônico de produtos típicos de supermercado parece que não vai ceder tão fácil. Uma pesquisa da Linx, empresa especialista em tecnologia para o varejo e líder no mercado de software de gestão, revelou crescimento de 12% dos pedidos on-line de supermercados no primeiro trimestre do ano, além de 8% de aumento da receita.

Esses resultados dão a dimensão do impacto que a digitalização tem causado no comportamento de consumo do brasileiro, que antes do novo coronavírus não tinha o hábito de ir ao supermercado via internet.

Outra pesquisa, da Opinion Box, conta que, em janeiro, 62% dos brasileiros realizaram compras de supermercado pela internet. A pesquisa confirma que poupar e ganhar tempo são as prioridades do brasileiro na hora de comprar itens básicos da cesta. O frete grátis é apontado por 76% dos entrevistados como o principal benefício da opção pelo digital.

Entretanto, segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o iFood lidera o ranking do serviço de supermercados, com 18% de market share, segundo pesquisa divulgada em abril, ultrapassando pela primeira vez o Pão de Açúcar, citado por 12% dos entrevistados.

 

 

Mais vendas, tíquete menor

O levantamento feito pela Linx, a partir da plataforma Mercadapp, mostrou também que o cenário econômico de inflação em alta já afetou o tíquete médio, que caiu 4,72% nos três primeiros meses de 2022, indo a R$ 207,66.

A redução pode ainda ser considerada dentro de uma certa estabilidade, visto que o volume de pedidos feitos na plataforma foi mantido. “Questões como o preço do frete podem impactar no setor como um todo, não só no on-line. Entretanto, a gente vê um movimento crescente das indústrias em ações de trade marketing, buscando mais dados sobre os hábitos do consumidor, e dos próprios supermercados investindo forte no segmento digital, tentando ganhar market share e se destacar”, pondera Thiago Sena, head de Operações da Mercadapp na Linx.

 

Itens básicos são prioridade

Em abril, a liderança foi de itens de mercearia contra os de hortifruti (produtos para consumo rápido) no ano anterior, o que demonstra uma tendência de buscar o básico na compra on-line. Para a Linx, isso significa que os clientes estão se familiarizando mais com esse tipo de compra, e buscando consumir itens de mais duração, que geralmente fazem parte de compras maiores e não daquelas que são pontuais.

O levantamento da Mercadapp para o primeiro trimestre revelou a cerveja do tipo long neck no alto do top 3 da cesta on-line da plataforma. O produto teve 107.061 pedidos de janeiro a março, seguida pelos pedidos de óleo de soja (26.864) e de leite em pó (12.082). Para Sena, três fatores explicam esse comportamento. O mais relevante deles é a associação constante desses produtos a promoções, cupons de desconto e ofertas exclusivas para vendas on-line, o que revelaria uma indústria mais engajada e o comércio mais atento às tendências. “Uma pesquisa da Opinion Box, lançada em setembro de 2021, mostrou que 72% dos respondentes consumiram mais cerveja dentro de casa do que em locais externos”, lembra Sena, colocando em perspectiva um novo hábito de consumo.

Por outro lado, outro levantamento sobre o varejo alimentício, feito pela multinacional de inteligência de mercado Similarweb, aponta para uma contração nas vendas eletrônicas que contemplam mercados, super e hipermercados, que teriam sofrido queda de 21,56% no primeiro quadrimestre de 2022, em comparação com igual período no ano anterior, após terem registrado crescimento de 9,7% em 2021 no digital, em comparação com 2020.

Thiago Sena, da Linx

Thiago Sena, da Linx

Mesmo assim, o saldo dos dois anos de restrições sanitárias para os supermercados on-line pode ser considerado bom pela multinacional. “No setor de varejo alimentício online, a lealdade dos clientes é alta; eles não fazem a pesquisa por itens em diversas lojas antes de comprar. Cerca de 61,46% das visitas a páginas da web acontecem com pessoas visitando apenas um endereço. O público se mostra maduro nos hábitos de consumo, conhece as opções e vai direto na sua fonte de confiança”, afirma Davi Waltrick, gestor de Marketing e Insights para a Similarweb no Brasil.

Segundo Sena, o consumidor não deverá abrir mão da conveniência das compras on-line de supermercado tão cedo, mesmo com o retorno aos comércios físicos ganhando força. “O levantamento nos apresentou que, mesmo com a situação bem diferente do lockdown que ainda era enfrentado no primeiro tri de 2021, o e-commerce conseguiu se manter estável diante dos desafios, mesmo com a previsão de queda das vendas on-line por conta do reaquecimento do físico. É sinal de que o comportamento do consumidor anterior à pandemia já foi alterado de maneira permanente, e as opções digitais permanecerão relevantes”, comenta Sena.

 

Fidelização e hábitos de consumo

Segundo a Similarweb, o principal público do varejo de alimentos é hoje feminino (65%) e a principal faixa etária está entre 25 e 34 anos, o que representa 39% de todo o tráfego on-line.

De acordo com Sena, o próximo passo é a personalização cada vez maior nas ações criadas pelas plataformas, com iniciativas mais segmentadas e voltadas aos distintos nichos de consumidores.

Comentários


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Uma resposta para “Supermercado on-line permanece como tendência mesmo depois da pandemia”

  1. Marcos Escudeiro disse:

    ATENÇÂO, não se pode afirmar que são 62% dos brasileiros, pois a Opinion Box faz pesquisas online. Isso não representa os brasileiros, mas somente aqueles que estão conectados.

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