Durante o 15º Encontro Anual AASP, ministro Cláudio Brandão, do TST, destacou a importância do papel complementar das Cortes Superiores na interpretação do Direito no Brasil, ressaltando a distinção entre as atribuições do STF e do TST.
Segundo o ministro, não há alinhamento possível entre as decisões das duas Cortes, uma vez que cada uma tem sua própria competência dentro do sistema jurídico nacional.
O TST, conforme explicou o ministro, tem a prerrogativa de dar a palavra final em questões constitucionais no âmbito trabalhista, com base nas provas coletadas durante o processo.
Afirmou que essas decisões, muitas vezes, embasam a conclusão acerca da existência, ou não, de uma relação de emprego, sendo essa uma questão central em muitos dos casos julgados pela Corte trabalhista.
Por outro lado, o STF, em algumas decisões, adota interpretação diversa em relação às mesmas questões, mas a partir de uma ótica constitucional mais ampla.
Cláudio Brandão pontuou que isso não representa antagonismo entre as cortes, mas uma diferença de compreensões, visto que o STF não pode rever matéria probatória, competência que cabe ao TST.
O ministro enfatizou ainda que tanto o TST quanto o STF atuam dentro de seus respectivos espaços, conforme delimitado pela Constituição, o que permite que ambas as instituições cumpram seus papéis fundamentais sem conflitos diretos.
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