10 de outubro, 2024

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Varejo está entre os 12 setores sob risco global de perda de lucratividade

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O varejo lista entre 12 setores da economia brasileira sob risco financeiro e operacional, em razão de fatores já existentes ou emergentes, que podem elevar o preço de um produto ou serviço, reduzindo a lucratividade. O estudo foi realizado pela KPMG com o objetivo de ajudar as organizações no alinhamento dos perfis de riscos com empresas similares por setor e promover a avaliação e a gestão dos problemas com alto potencial para o segmento.

Segundo o estudo, os principais riscos para o varejo são os seguintes:

  1. Lucratividade e liquidez:empresas varejistas utilizando cada vez mais o comércio eletrônico para vender produtos em promoção ou com descontos; desafios maiores em relação ao desempenho do negócio em gerar o fluxo de caixa esperado.
  2. Estratégia:adoção de novos modelos de negócio; o comércio eletrônico, os marketplaces e a conversão de lojas com foco em desconto impactam a visão tradicional dos varejistas; investimentos em robôs e automações.
  3. Produção e operação:risco resultante da interrupção de atividade causada por sindicatos, greves e paralisações; qualidade e segurança dos produtos e riscos de quebra de estoque.
  4. Cliente:as taxas de devolução de produtos nas compras feitas online são mais frequentes do que em lojas físicas, além de maior incidência de fraudes; declínio dos gastos dos consumidores.
  5. Conformidade:restrições sobre as condições comerciais, políticas e de distribuição do País; novas relações comerciais; mudanças em regulamentações, reforma tributária.
  6. Reputação e ética:ameaças associadas à manutenção de altos níveis de qualidade de produtos e serviços; aumento dos riscos reputacionais devido às redes sociais e à internet.
  7. Crescimento e concorrência:aumento das pressões para atender à demanda e às tendências dos clientes; competição globalizada e diversificação das ofertas de serviços.
  8. Saúde, segurança e meio ambiente:mudanças climáticas e desastres naturais; incapacidade de alcançar as metas ESG nos três pilares; pressão para atender às normas de segurança.
  9. Tecnologia:aumento de ataques e ameaças cibernéticos; a adoção de tecnologias digitais requer novas habilidades e funcionários cada vez mais capacitados, com necessidade constante de reciclagem e atualização tecnológica.
  10. Sociedade e pessoas:o êxito da organização depende dos esforços contínuos dos principais colaboradores; responder às necessidades dos clientes, considerando as diferenças de expectativas que cada geração apresenta.

“As organizações que utilizam a gestão de riscos corporativos com o objetivo de identificar, avaliar, monitorar e priorizar as ameaças que possam comprometer a lucratividade estão adotando medidas de prevenção de crises para empresas, colaboradores e partes envolvidas. Diante desse cenário, o levantamento destaca a importância de ter uma visão voltada para o futuro e investir em tendências inovadoras para cada setor”, analisa Fernando Lage, sócio-líder de governança, risco e compliance da KPMG no Brasil.

Para Fernando Gambôa, sócio-líder para o setor de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, a gestão de riscos corporativos deve fazer parte do dia a dia dos varejistas. “O segmento é muito dinâmico, com um histórico de forte concorrência entre os participantes e com clientes cada vez mais exigentes, uma vez que temos um ambiente onde gerações muito diferentes convivem e esperam que suas expectativas sejam atendidas e até superadas”, complementa o executivo.

 

https://mercadoeconsumo.com.br/23/07/2024/noticias-varejo/varejo-esta-entre-os-12-setores-sob-risco-global-de-aumento-de-precos-por-produto-ou-servico/

 

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