24 de abril, 2024

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Vender pela internet é questão de sobrevivência: saiba por onde começar

Kelly Carvalho, da FecomercioSP

Kelly Carvalho, da FecomercioSP

Vender pela internet ou por um aplicativo digital se tornou questão de sobrevivência para os pequenos negócios diante das medidas restritivas de funcionamento das atividades, em decorrência da pandemia de Covid-19. Se antes da crise sanitária digitalizar o negócio parecia algo um pouco distante da realidade das empresas, agora é algo mais do que necessário.

Mesmo as atividades essenciais, que foram permitidas a funcionar durante a pandemia – como é o caso dos mercadinhos de bairro –, diversificar os canais de vendas, integrando o digital, foi a maneira encontrada pelos empreendedores para atender a um novo perfil de consumo.

Com receio de contágio, além das medidas restritivas de funcionamento das atividades e de circulação de pessoas, os consumidores aderiram às compras pelo comércio eletrônico, comprando os mais variados produtos para atender às necessidades do lar, já que muitos passaram a trabalhar em home office. Até quem nunca comprou pela internet acabou fazendo a sua primeira compra na pandemia.

Diante deste contexto, não há como não considerar a integração da loja física a um e-commerce nos dias atuais. Por outro lado, é preciso que o empreendedor estude os seus mercados consumidor e concorrencial antes de iniciar as vendas pela internet ou por meio de aplicativos.

No entanto, antes de investir em alguma estratégia de digitalização do negócio, é importante que o empresário estude o mercado consumidor, identificando se a região que atua tem aderência a compras de alimentos pela internet ou por meio de aplicativos digitais, bem como a preferência e os hábitos de consumo e como os concorrentes atuam.

“Uma rápida pesquisa com os clientes que frequentam o estabelecimento comercial pode ser uma boa estratégia para mapear o perfil de compras e identificar se vale (ou não) a pena investir em uma plataforma online”, orienta Kelly Carvalho, Assessora Econômica da FecomercioSP.

Segundo a especialista, o primeiro passo é estudar se o mercado da região tem aderência à venda pelo comércio eletrônico de alimentos e bebidas. Outro ponto é analisar as finanças do negócio para identificar o quanto a empresa está disposta a investir, a projeção de retorno do investimento e a expectativa de crescimento nas vendas.

“Com base nestas informações, o empreendedor tem de buscar no mercado uma plataforma para criar o próprio comércio eletrônico. Além do custo envolvido, é importante analisar todas as funcionalidades que a plataforma oferece, como segurança aos usuários e ferramentas que tornem o site mais atrativo e funcional, inclusive integrando meios de pagamento”, avalia Kelly.

Além da criação de uma plataforma própria de comércio eletrônico, o mercadinho local pode vender produtos pelos aplicativos de entrega já existentes no mercado. O custo de vender por meio de um aplicativo varia para cada plataforma, mas geralmente representa um porcentual do valor da venda.

“Planejar todos os custos e se certificar de que o estoque e o site estejam integrados, a fim de garantir a melhor logística, são os pontos de atenção para quem decide atuar no comércio eletrônico ou por um aplicativo”, diz.

 

Mudança cultural − Vender pelo comércio eletrônico requer uma mudança de cultura de toda a empresa, principalmente no que diz respeito às práticas de gestão, planejamento e engajamento da equipe.

“O ambiente empresarial vive diante de um ‘novo normal’, e as empresas que não diversificarem os canais de vendas estarão com os dias contados. Seja criando uma página própria, seja vendendo pelo aplicativo, as empresas devem estar no digital. Daí a importância de focar no planejamento, considerando todos os custos envolvidos para realizar a operação”, afirma a Assessora da FecomercioSP.

É preciso também capacitar os colaboradores para a nova realidade, conscientizando-os de que vender pela internet é uma ferramenta adicional. A loja online não acabará com a loja física, mas é uma ferramenta que proporcionará novas experiências de compra aos consumidores. Assim, um atendente de loja física deve saber atender às necessidades dos consumidores que compram online também.

O desafio da logística − A integração da loja física com o comércio eletrônico precisa estar em total sincronia. Por isso, é necessário que a empresa tenha uma padronização e automação entre a plataforma digital e o estoque, para que o produto chegue ao consumidor sem eventuais falhas.

Um dos maiores desafios de um mercadinho de bairro é a entrega de perecíveis. A logística faz toda a diferença nesse momento, de forma a identificar os produtos e entregá-los a tempo – e a um custo que este tipo de operação exige.

O empreendedor precisa identificar eventuais gargalos, estabelecendo um raio de entrega na região de forma a não comprometer a qualidade do produto. Ter à disposição veículos próprios ou de parceiros adequados para entrega, ou contar com um aplicativo de delivery, pode ser uma boa alternativa para que a operação tenha sucesso.

Kelly chama a atenção para o cuidado na hora de separar os produtos para entrega ao consumidor. “Além do próprio manuseio, é importante que o empreendedor estude as opções de embalagens disponíveis no mercado para fazer as entregas de forma segura e que proteja o alimento, inclusive quando se trata daqueles produtos que podem sofrer variações causadas pela mudança de temperatura, por exemplo.”

Vender pelo comércio eletrônico requer uma integração da loja física com o e-commerce, de forma a garantir que a mercadoria que está sendo comprada no site esteja disponível em estoque para ser entregue ao consumidor.

Assim, é preciso que a empresa adote uma boa estratégia de monitoramento de estoque, para que o cliente não compre um produto online e não o receba – porque o seu estoque não estava alinhado ao e-commerce. Para não correr este risco, a empresa precisa padronizar as informações e organizar os produtos de modo que consiga atualizar as informações no site.

Algumas ferramentas tecnológicas, como o ERP [sistema de gestão empresarial que automatiza processos e integra os dados da empresa], ajudam a fazer o controle de estoque ao dar baixas automáticas nos itens que foram vendidos.

Estas ferramentas também ajudam a evitar perdas com o vencimento de produtos. Dessa maneira, fica mais fácil programar as compras e evitar a falta de itens nas prateleiras e no serviço de entrega. Também é importante que a empresa tenha fornecedores de produtos diversos, para que os clientes possam ter acesso a uma boa variedade de produtos e diferentes marcas.

“A equipe deve estar preparada e capacitada para manejar o estoque tanto no estabelecimento físico como no online. É preciso contar com uma equipe voltada a esse monitoramento, fazendo com que o controle do estoque ocorra de forma ordenada, a fim de evitar falhas no processo de entrega e venda de produtos vencidos ou mal apresentados aos clientes”, completa a especialista da FecomercioSP.

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