Você sabia que pequenas mudanças na disposição dos produtos no seu supermercado podem impactar diretamente as vendas — sem alterar o preço, a comunicação ou o mix de produtos? Essa é a proposta do neuromarketing, uma área que une neurociência, psicologia e marketing para entender como o consumidor toma decisões de compra.
No varejo de alimentos, onde o cliente costuma agir por impulso, usar técnicas de neuromarketing pode ser um grande diferencial competitivo. Neste artigo, mostramos como aplicar esses princípios na organização das gôndolas, prateleiras e áreas estratégicas da sua loja.
O cérebro compra antes da razão
Estudos apontam que mais de 80% das decisões de compra são inconscientes. O consumidor não decide apenas com base em lógica ou necessidade — mas também por estímulos visuais, sensoriais e emocionais que despertam atenção, desejo e familiaridade.
O layout da loja, a disposição dos produtos, a altura das prateleiras e até as cores usadas influenciam o comportamento. E tudo isso pode ser planejado com base em gatilhos cerebrais.
Técnicas de neuromarketing para o varejo de alimentos
Veja a seguir algumas técnicas que podem ser aplicadas na sua loja hoje mesmo:
1. Nível dos olhos = nível de vendas
Produtos na altura dos olhos vendem mais. Por isso:
- Coloque itens de maior margem de lucro nessa faixa.
- Evite deixar produtos estratégicos nas prateleiras mais baixas ou muito altas.
2. Zona quente e zona fria
- A entrada da loja e as laterais são “zonas quentes” – concentre ali lançamentos ou promoções.
- Áreas do fundo são “zonas frias” – posicione produtos de necessidade básica (como arroz ou papel higiênico) lá para forçar o cliente a percorrer a loja.
3. Cores e iluminação
- Vermelho e amarelo ativam o apetite e o impulso de compra – ideais para seções de pães, doces e frios.
- Luzes mais quentes transmitem conforto e aumentam o tempo de permanência.
4. Agrupamento por ocasião de consumo
Agrupar produtos que “fazem sentido juntos” aumenta a chance de vendas casadas. Por exemplo:
- Molho + macarrão + queijo ralado
- Refrigerante + salgadinhos + copos descartáveis
5. Pontos focais e rotas
O cérebro busca padrões e destaques. Use:
- Ilhas promocionais com destaque visual e sinalização
- Caminhos que levem o consumidor a circular por mais áreas antes de chegar ao caixa
Testar, observar e ajustar
O neuromarketing no varejo não exige grandes investimentos, mas sim testes e observação de comportamento. Acompanhe o que mais chama atenção, quais produtos têm alta rotatividade e o tempo médio de permanência na loja. Faça ajustes e meça os resultados.
Lembre-se: uma gôndola bem organizada, que estimula os sentidos e facilita a escolha, vende mais com menos esforço.
Disposição estratégica gera resultados
Aplicar o neuromarketing no seu ponto de venda é entender que quem manda não é só o bolso, mas o cérebro do consumidor. Ao respeitar os padrões de percepção, decisão e comportamento, você transforma a loja em um ambiente mais eficiente, agradável — e lucrativo.
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