A gigante varejista Walmart vai usar inteligência artificial para ajudar os funcionários em tomadas de decisão que reduzam o desperdício dentro das suas unidades mundiais. A ideia é que, de maneira pragmática, a IA aconselhe a equipe humana sobre o que fazer com alimentos, vestuários e outros produtos sensíveis à validade ou sazonalidade.
No caso de frutas, a tecnologia lê o ponto de amadurecimento e pode sugerir, por exemplo, fracioná-las em salada de fruta ou reduzir o preço para estimular a venda, evitando que sejam descartadas por passarem do ponto.
Na prática, os funcionários do Walmart escaneiam a fruta e a IA analisa o ponto de amadurecimento. Com base no resultado, a inteligência generativa lista sugestões em um painel digital sobre o melhor encaminhamento para o produto.
Ou seja, o funcionário humano deixa de tomar a decisão, apenas segue o aconselhamento da IA.
No caso de roupas, item bastante sensível à sazonalidade, após o escaneamento da peça, a inteligência artificial analisa o nível de estoque e pode aconselhar, por exemplo, colocar o produto à venda mais cedo.
A IA será testada no Canadá em breve, segundo o Walmart, e a proposta é levar a tecnologia para outros países. A meta é reduzir ao máximo desperdícios operacionais nos Estados Unidos, Canadá e México até 2025.
A varejista informa que as economias obtidas com o uso de IA na tomada de decisões podem permitir repassar as economias aos clientes e ampliar investimentos em expansão.
OUTRAS EXPERIÊNCIAS
Essa não é a primeira experiência do Walmart com IA. No início deste ano, o maior varejista do mundo apresentou ao mercado ferramentas baseadas em inteligência artificial que buscam ajudar os compradores a pesquisar produtos mais rapidamente e a automatizar o processo de compra.
Uma dessas ferramentas é a GenAI. Usando o modelo de IA da Microsoft, abastecido com dados de compradores do Walmart, a tecnologia permitir que consumidores pesquisem produtos de acordo com seu uso, não apenas pelo nome ou a marca do produto.
Como exemplo, o consumidor pode pedir para a GenAI o ajudar a montar a festa de aniversário do filho que terá como temática os personagens da Disney. Então, a IA monta uma lista de produtos com curadoria. Ou seja, o consumidor não precisará buscar itens individuais para a festa, como pratinhos, balões, doces, esculturas e outros itens.
A varejista promete que o recurso estará disponível ainda este ano por meio de app e também na pesquisa pelo site do Walmart
Outra ferramenta de IA generativa em desenvolvimento pela companhia é a Walmart InHome Replenishment, pensada para agilizar as compras de consumidores que usam o serviço de entrega por assinatura. A ideia é que itens recorrentes, consumidos com frequência, já apareçam listados para o comprador.
Ainda nessa empreitada tecnológica, o Walmart começou a usar este ano a ferramenta My Assistant, que usa IA e visão computacional para verificar as notas fiscais de compra. Na prática, câmeras na área de saída das lojas captam imagens de carrinhos e verificam o pagamento de todos os itens levados pelo consumidor.
A ferramenta está em uso por enquanto em unidades da bandeira Sam’s Club, o clube de compras do Walmart.
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