03 de maio, 2024

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Mulheres adotam estratégias para driblar inflação e fazer o dinheiro render no supermercado

Com a inflação em alta, as mulheres estão mais atuantes que os homens na gestão do orçamento doméstico quando o assunto é compra de supermercado. Vale planejar as compras, diminuir quantidade, trocar de marca quantas vezes for necessário e “bater perna” para não deixar de consumir. Estas são algumas das constatações de uma sondagem realizada pelo Sincovaga com consumidores da capital, em março de 2023.

Passada a fase mais aguda da pandemia, 34% das mulheres entrevistadas afirmaram que as idas ao supermercado se tornaram mais frequentes, enquanto 27% dos homens relataram o oposto. Já no que se refere ao volume de itens adquiridos por visita, tanto homens (47%) quanto mulheres (39%) afirmaram que diminuíram, o que demonstra os efeitos da inflação na corrosão da renda.

Quando o assunto é driblar a alta de preços, as mulheres são a maior parcela entre os entrevistados que adotaram estratégias como: priorizar promoções (39% ante 25% dos homens); pesquisar preços em vários estabelecimentos (30% ante 29% dos homens); cortar supérfluos (22% ante 16% dos homens); diminuir quantidades (20% ante 11% dos homens).

“A pandemia ensinou os consumidores a planejar suas compras, porque as idas mais frequentes ao supermercado propiciam um certo controle sobre os preços. A sondagem mostrou que as mulheres, em especial, têm sido mais eficientes em driblar o problema orçamentário, resultado da inflação, o que inclui pesquisar mais, reduzir quantidades, trocar de marcas e cortar supérfluos. Tudo para não deixar de consumir alguns itens”, afirma Fábio Pina, assessor econômico do Sincovaga e responsável pelo levantamento.

Com relação a marcas, a fidelidade deixou de ser um hábito para 70% das mulheres (ante 55% dos homens), que afirmaram que experimentaram outros produtos nas categorias de compra mais recorrentes. Para 70% delas, isso chegou a acontecer mais de uma vez desde o início da pandemia, antes apenas 30% dos homens.

No geral, as categorias de produtos em que as trocas ocorreram com mais frequência foram: higiene e limpeza (63%); itens básicos (arroz, feijão, farinha) (61%); carnes (38%); laticínios (queijo, leite, iogurte) (33%); congelados (25%); bebidas (22%), mercearia (18%) e pães e massas (10%).

Para o presidente do Sincovaga, Alvaro Furtado, algumas trocas são esperadas, como os itens de higiene e limpeza, que ficaram muito caros, e os itens básicos, nos quais o público não costuma perceber muita diferença entre marcas. Entretanto, segundo ele, um dado surpreendeu. “Se 60% deixaram de consumir carnes, como contrafilé e picanha, e 13% pararam de consumir leite, significa que, infelizmente, o básico virou luxo para muitas famílias”, conclui.

Supermercado online chegou para ficar
As restrições de circulação impostas pela pandemia estimularam muitos consumidores a testar o e-commerce. A sondagem mostrou que 31% dos entrevistados experimentaram fazer compras de supermercado online desde então. Cerca de 77% destes consumidores que fizeram compras online tiveram uma experiência positiva, (81% dos homens e 74% das mulheres). Praticidade e preço, com 30% das respostas, foram os motivos mais citados para essa aprovação, seguidos por comodidade (22%) e rapidez (18%).

Aos que afirmaram não ter gostado da experiência, 50% citaram o fato de não poder escolher os itens, como frutas e verduras, 33% relataram falta de cuidado com o pedido e 17% indicaram a demora na entrega como ponto negativo.

Ainda assim, os outros formatos do varejo de alimentos continuam fortes na preferência dos consumidores: 31% optam pelos mercados de vizinhança, seguidos dos hipermercados (29%), supermercados (24%) e mercearias (3%).

Todas essas mudanças de hábito de consumo influem também na expectativa do consumidor em relação à economia em 2023, já que para 46% ela deve melhorar, enquanto 26% acreditam que ficará igual. Outros 28% não têm esperança de que a situação econômica do país irá melhorar este ano.

Thais Abrahão – Presstalk Comunicação

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