05 de outubro, 2024

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O que os brasileiros querem comprar na Black Friday?

Black Friday chegou! Neste ano, a expectativa é que a sexta-feira mais animada do comércio traga resultados melhores do que em 2021. Segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas, 79% dos consumidores brasileiros pretendem fazer compras na Black Friday. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 22 pontos percentuais.

O preço dos produtos, sem dúvida, é o que ainda motiva as compras nessa data específica. Para 72% desses consumidores, a intenção é comprar algo de que já estavam precisando a um preço mais baixo. Já outros 36% pretendem antecipar as compras de Natal e economizar.

Black Friday 2022: qual o objeto de desejo da vez?

De olho na intenção de compra dos brasileiros, muitas lojas anteciparam as ofertas para alguns produtos específicos desde o começo de novembro, uma vez que as datas promocionais são as que mais movimentam o mercado. Vestuário, eletroeletrônicos e eletrodomésticos quase sempre estão na lista dos objetos desejados. Mas, em 2022, um item específico vem atraindo o interesse dos compradores: a televisão.

Copa de Catar estreou justamente na semana da Black Friday e é a razão pela qual 83% das pessoas que planejam comprar um item nesse dia vêm buscando preços de TVs. É o que mostra uma pesquisado Google, também em parceria com a Offerwise, divulgada no final de outubro, do qual participaram 500 brasileiros das classes A, B e C. Os televisores são o terceiro produto mais pesquisado, ficando atrás apenas de games (consoles e jogos) e celulares.

Outros comportamentos do consumidor com as promoções vêm sendo influenciados pela Copa e também por outros fatores, como inflação e até o medo de fraudes. Confira os principais insights das pesquisas realizadas sobre o perfil do consumidor para a Black Friday de 2022:

Da TV aos petiscos para ver os jogos

Já que neste ano a Copa do Mundo e a Black Friday aconteceram quase simultaneamente, os consumidores também pretendem aproveitar a sexta-feira de descontos para abastecer os armários para ver os jogos.

A pesquisa do Google mostra que 26% dos entrevistados estão se programando para comprar alimentos para o evento, 25% planejam comprar bebidas, 19% pretendem adquirir roupas e acessórios temáticos e 17% desejam artigos oficiais, como a camiseta da seleção brasileira.

Eletrodomésticos continuam em alta

A Airfryer continua sendo a mais desejada dos eletroportáteis entre os consumidores das classes A, B e C. Já em relação a eletrodomésticos, enquanto as classes A e B buscam fogões e cooktops (56%) e ar-condicionado (41%), a classe C opta por micro-ondas (43%) e geladeira (42%).

Hora de renovar o guarda-roupas

A pesquisa da CNDL, citada logo no início deste artigo, revela que artigos de vestuário são os itens que os consumidores mais estão evitando comprar para adquirir na última sexta-feira de novembro.

A Black Friday de 2022 é a primeira considerada pós-pandemia, ou seja, realizada quando a maioria das atividades já voltou ao normal, o que pode ser uma explicação para o aumento da intenção de roupas e calçados, além das peças temáticas da Copa.

Quanto vão gastar?

O mesmo levantamento mostra que 40% dos consumidores pretendem gastar mais nesta Black Friday, principalmente os homens das classes A e B. Já os clientes das classes C, D e E, em especial as mulheres, pretendem manter o mesmo gasto do ano passado (22%) ou reduzi-lo (31%). Entre os motivos para gastar menos estão orçamento apertado e desejo de quitar as dívidas.

Consumidores estão mais atentos

Seja por receio de fraude ou pela economia, os consumidores estão se preparando antecipadamente para as compras na Black Friday. Uma pesquisa de intenção de compras realizada pela Pelando (comunidade digital de promoções e descontos), com 1668 pessoas, mostrou que em setembro 66,8% dos participantes já estavam pesquisando os produtos que iriam comprar. A maioria deles, 96,2%, também pesquisa pela reputação da loja e 73,1% já sabiam o que iam adquirir em novembro.

“O consumidor está cada vez mais habituado à Black Friday. Ele se organiza com antecedência, fica atento aos preços, se cadastra em sites de monitoramento de preços e faz muita pesquisa. Por isso, o comércio deve se preparar para oferecer ofertas reais para atrair o consumidor”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa.

O principal motivo para escolher uma loja, inclusive, é o melhor preço após a pesquisa. E 40% eles vão dar preferência a lojas em que já são clientes, provando que a experiência do consumidor também é levada em conta em épocas de promoções. Com o consumidor cada vez mais informado, aumentar o preços antes para baixar depois já não é mais um truque que funciona.

Quais os aprendizados para a Black Friday de 2023?

Na Black Friday deste ano, segundo dados da CNDL, os consumidores esperam descontos de até 39% em média e pretendem pagar com cartão de crédito parcelado (47%), PIX (45%) e cartão de débito (32%). A maioria (81%) pretende fazer as compras em lojas online, sobretudo em sites e aplicativos de varejistas nacionais (55%), varejistas internacionais (37%) e plataformas de compra/venda de produtos novos e usados (35%). Metade dos entrevistados também deseja realizar compras em lojas físicas, especialmente shoppings (30%) e lojas de rua/bairro (21%).

Essas são tendências que podem dar uma visibilidade da experiência que os lojistas terão nas próximas edições. Uma vez que as principais vendas serão pelo e-commerce, por exemplo, pensar na logística e no estoque é fundamental. “Como o volume de vendas na Black Friday é muito grande, é comum que produtos acabem antes do planejado. O resultado disso acaba sendo uma frustração para o cliente e a perda de oportunidades de venda e fidelização para o empreendedor. Por isso, a importância de prever e planejar para o seu potencial de conversão durante o período. Leve em conta as datas consolidadas com maior demanda (Dia das Mães, Natal, Dia das Crianças) e não tenha medo de se preparar para números parecidos”, indica o gerente executivo de marketing da Tray, Vinícius Guimarães.

 

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