O bacalhau, um dos pratos mais tradicionais da Páscoa, apresentou relativa estabilidade de preço nos últimos 12 meses, com alta de 0,13%, menor índice desde a Páscoa de 2020. É o que aponta o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), elaborado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a FIPE. De janeiro de 2023 a janeiro de 2024, período em que o IPS do bacalhau foi calculado, a inflação geral nos supermercados paulistas foi de 1,31%.
Entre os fatores que contribuíram para o resultado está a redução da taxa de câmbio, que no ano passado apresentou queda de 3,3% em relação a 2022. A taxa média (R$/US$) foi de R$ 4,99, o menor patamar desde o início da pandemia.
“Mesmo com o aumento da demanda do peixe no período que antecede a Páscoa, acreditamos que o preço do bacalhau nos próximos meses não deve sofrer alterações bruscas. Por isso, projetamos a menor alta do produto desde 2020”, explica Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS.
Queiroz acrescenta que, apesar da taxa de câmbio influenciar positivamente para a queda do preço ao consumidor final, é necessário ficar atento às oscilações no custo do frete internacional. “Os principais fornecedores de bacalhau ao Brasil são Noruega, Portugal e China. Fatores como, o conflito no Oriente Médio e os ataques perpetrados pelo grupo iemenita houthi às embarcações cargueiras, que têm afetado o fluxo marítimo no Canal de Suez, no Egito, acabam produzindo impactos sobre os preços dos fretes internacionais”, finaliza Felipe Queiroz.
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