28 de abril, 2024

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Como ser uma empresa capaz de gerar insights antes de tomar decisões

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O termo Big Data surgiu em 1997, mas se popularizou pouco mais de uma década depois, evidenciando para o mercado a era da informação em que vivemos. Hoje, é comum que representantes de empresas saibam da importância do uso de dados. Contudo, são poucas as organizações que conseguem estruturá-los corretamente para gerar insights capazes de definir ações e estratégias.

A consciência com relação à importância dos dados que as mais diversas áreas de uma empresa geram é algo relativamente antigo. Mas, de acordo com a empresária e headhunter Dani Verdugo, estes dados por vários anos foram arquivados muito mais por uma questão de histórico do que, necessariamente, pelo poder que eles possuem em apoiar decisão, criar vantagem competitiva e até antecipar acontecimentos.

“Muitas vezes os dados não eram padronizados e/ou integrados, portanto, seu ‘tratamento’ é difícil, e a interpretação ainda mais. E é exatamente por isso, que um número muito grande de empresas dos mais variados portes e setores, está na corrida para implementar uma ‘cultura de dados’”, avalia a profissional que atua com executive search na THE Consulting.

Segundo a especialista, as empresas que já possuem grande volume de dados, precisam tratá-los, para então passar a utilizá-los de maneira estratégica. “Aquelas que já fazem uma boa e contínua coleta, já podem focar na cultura data driven em si. Em ambos os casos, isto é feito através de uma equipe própria e/ou terceirizada especializada em Ciência de Dados, que possui profissionais como: Cientista de Dados, Engenheiro de Dados, Analistas de Dados”, explica a executiva, enfatizando que o mercado oferece um número muito grande de empresas que atuam com este tipo de solução.

O nível atual das empresas para gerar insights

De acordo com a pesquisa Survey methodology: Becoming an insight-driven organization, da Deloitte, feita com mil executivos de grandes empresas dos Estados Unidos, apenas 37% dos entrevistados acreditam que seus negócios são orientados por insights. Ou seja, empresas que são IDO (Insight-Driven Organization), em português: organização orientada por inteligência.

Deste grupo, somente 10% acredita que atingiu o nível mais avançado de maturidade. Para eles, as competências de business analytics avançaram em relação ao último ano e continuam em crescimento. Os entrevistados ainda revelam que suas empresas utilizam Inteligência Artificial (IA) e outras ferramentas avançadas em todos os departamentos e com diferentes objetivos.

Em contrapartida, 63% dos executivos entrevistados afirmam que estão em escalas abaixo de empresas que são orientadas por percepções obtidas com a análise de dados.

A fim de compreender melhor cada nível de maturidade em relação à aplicação do conceito IDO, a Deloitte elaborou uma escala com cinco etapas.

  1. Conscientes: sabem o que é business analytics, mas têm pouca ou nenhuma estrutura, tampouco uma estratégia;
  2. Limitadas: começam a adotar o conceito, construir capacidades e articular uma estratégia isolada;
  3. Aspirantes: expandem as capacidades analíticas cultivadas em silos para objetivos específicos, a toda a organização;
  4. Maduras: generalizam o uso, aproveitando dados de diversas fontes para transformá-los em conteúdo útil e novas ideias;
  5. Avançadas: dependem totalmente do business analytics para gerenciar desempenho, preservar e construir valor, além de criar novos produtos, enquanto acompanham as transformações tecnológicas.

O que falta para transformar insights em decisões

Para que uma empresa se torne IDO, não basta ter um banco de dados. Segundo a pesquisa da Deloitte, são múltiplos fatores que devem ser levados em consideração a fim de que a organização seja orientada por insights.

Para que gerar insights seja útil para o desenvolvimento do negócio por meio de estratégias criadas com base em análise de dados, é preciso fazer a junção de fatores como dados, ferramentas, talento e cultura. Desta forma, os insights podem se transformar em decisões e, posteriormente, em ações.

Segundo Dani Verdugo, para que a análise de dados se transforme em mudança nas empresas, é necessária a implantação da cultura data-driven. “Esse é o maior desafio das empresas. Porque dados são o que são, muito concretos, e, acabam não dando espaço para decisões mais pessoais, por assim dizer”, opina.

Verdugo argumenta que a transformação cultural definirá o timing e engajamento da empresa e seus colaboradores nesta jornada. De acordo com a especialista, cinco passos são essenciais para implementar a cultura:

  1. Estruturação da equipe;
  2. Levantamento de hipóteses e testes;
  3. Acompanhamento de KPIs (Key Performance Indicators);
  4. Mapeamento de dados;
  5. Ferramentas.

 

Neste processo, Dani destaca um dos principais pontos: os KPIs. “Eles são essenciais para medir o desempenho de qualquer processo, além de orientarem o negócio na jornada da busca de seus objetivos estratégicos. E a melhor maneira de utilizá-los, é tendo clareza e engajando as pessoas”, afirma. Para ela, seguir o passo a passo abaixo pode auxiliar na implementação:

  • Definir os objetos de mensuração;
  • Estabelecer metas;
  • Certificar que as metas estejam alinhadas ao planejamento estratégico;
  • Escolher os KPIs
  • Definir os responsáveis pelos KPIs;
  • Estabelecer o processo de coleta de dados;
  • Comunicar os KPIs aos envolvidos;
  • Monitorar a evolução dos KPIs;
  • Promover a melhoria contínua.

Uma questão cultural

De acordo com a pesquisa da Deloitte, dentre os fatores mais difíceis para fazer as empresas gerarem insights a partir de dados, é o cultural. E a dificuldade ocorre justamente na resistência interna encontrada nas próprias empresas, a qual impede as organizações evoluírem em IDO.

“É importante observar que os dados, a tecnologia e os sólidos recursos estatísticos e de aprendizado de máquina são facilitadores, mas não necessariamente impulsionadores da tomada de decisão baseada nessas descobertas. Deve haver uma vontade de agir com base nas descobertas para tomar decisões, mudar processos e adaptar comportamentos com base nesses resultados, em vez de agir apenas com base na intuição”, descreve o relatório da consultoria.

As organizações dos entrevistados com orientação cultural voltada para tomada de decisões a partir de insights conseguiram dobrar a probabilidade de superar suas metas com relação aos concorrentes.

Dicas para alcançar o IDO

A fim de atingir a maturidade em análise de dados inteligente para gerar insights, é preciso muito mais do que adquirir ferramentas analíticas. É necessário mudar comportamentos, enfatizando a educação, obtendo apoiadores e recompensando comportamentos baseados em insights.

Para Dani Verdugo, na busca por alcançar um bom nível de análise de dados e melhorar resultados é preciso acompanhar indicadores e pessoas. “Monitorar a evolução dos KPIs, promover melhoria contínua e integrar as pessoas é a tríade para que os resultados sejam alcançados de maneira mais ágeis”, conclui.

Foto: Shutterstock

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