Por Adriana Mattos, Valor — São Paulo
Foi a pior Black Friday da história, desde que o evento chegou ao país em 2010, o que aumenta a pressão sobre o varejo para o Natal — num momento de maior risco de uma nova onda de contágio pela variante africana da covid. O desempenho nominal e real (descontada a inflação), ficou abaixo dos números mais fracos de 2016 e 2017, apurados por empresas de pesquisa em consumo.
“O Natal precisa ser bom para aliviar essa ‘Black’ e salvar o fim do ano. Nossa dependência para as vendas de dezembro cresceu”, disse ontem o diretor de uma rede de eletrônicos com 100 lojas. Supermercados e “marketplaces” de alimentos se saíram melhor neste ano do que eletrônicos e móveis. Varejistas de capital aberto podem divulgar hoje dados, com expansão acima do mercado — algo não tão difícil de ocorrer considerando a alta geral fraca. Isso ainda estava sob análise ontem, dizem fontes.
A partir desta semana, o foco passa a ser retomar as negociações com a indústria para ajustar pedidos já feitos para o fim de dezembro. Isso ocorre após análise do que foi possível desovar de estoques no evento, e o que ainda continua “empatando” os armazéns. “Agora, vamos ver se o produto que temos que ter no fim do ano, o que é essencial, pode atender o Natal. É um trabalho cirúrgico, porque mesmo com as liquidações de janeiro, ninguém quer virar o ano com inventário cheio por causa do alto custo financeiro dos estoques, após o aumento da Selic”, diz o diretor da rede ouvido.
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