07 de outubro, 2024

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Marketing sensorial pode auxiliar o varejo a aumentar suas vendas

A construção do ambiente ideal de uma loja é importante para a experiência de compra ser mais agradável e remeter boas lembranças no consumidor. Este planejamento é papel do marketing sensorial, tendência em franca consolidação no varejo. A ativação dos sentidos movimenta mecanismos subconscientes, por meio de gatilhos emocionais, em um processo natural e instintivo. Quando isso acontece na loja física, torna a experiência mais longa e prazerosa, favorecendo decisões de compra por impulso e estimulando a volta ao local. Não à toa, cada vez mais marcas do varejo utilizam esse recurso que pode fazer a diferença para turbinar as vendas.

Segundo estudos realizados pela Aradhna Krishna, acadêmica americana focada em marketing, o marketing sensorial envolve os sentidos dos consumidores e afeta sua percepção, julgamento e comportamento, o que pode ser comprovado quando o consumidor compra algum produto ou serviço, mesmo sem precisar, apenas por impulso.

Estimular os sentidos de maneira correta aumenta a chance de escolha do consumidor. De acordo com dados da Entertainment Media Research, 87% dos consumidores aceitam pagar mais por uma experiência melhor de consumo e 82% afirmam que músicas e aromas têm o poder de transformar o humor.

O marketing olfativo é um exemplo de demanda crescente nos últimos meses. Para Fernando Ranschburg, CEO da RDS, a procura por marketing olfativo teve crescimento exponencial nos últimos meses. “Diversos segmentos do varejo e, até mesmo a construção civil, têm buscado bastante esse tipo de estratégia. Construtoras de apartamentos, por exemplo, tentam fazer com que o cliente sinta boas sensações ao visitar um apartamento decorado para, assim, estimular a venda. Alguns estudos comprovam que o uso de uma fragrância proporciona retorno de 20% a 40% nas vendas dos produtos ou serviços”, afirma.

Saiba mais porque estimular os sentido pode constituir uma estratégia bem sucedida para criar laços mais fortes com os shoppers.

  • Marketing Olfativo – Pesquisa realizada pelo escritor dinamarquês Martin Lindstrom concluiu que o marketing olfativo se concentra em estimular uma parte do cérebro humano, proporcionando experiências agradáveis para o consumidor por meio dos mais variados tipos de fragrâncias e cheiros, deixando o ambiente mais aconchegante. Muitas vezes essa dinâmica remete a diferentes emoções, influenciando também no humor. Consequentemente, aumenta o tempo de permanência do consumidor no estabelecimento, refletindo diretamente nas vendas. O aroma tem a capacidade de intensificar a relação emocional do cliente com o espaço. Estudos publicados na revista Science afirmam que o nariz humano supera o olho e o ouvido em relação ao número de estímulos que pode distinguir.
  • Marketing visual – A abordagem está relacionada diretamente em anúncios que utilizam imagens, vídeos e textos, além do conjunto de aspectos que formam o layout da loja. O escritor Néstor Braidot cita em seu livro “Neuromarketing”, que a visão corresponde a um importante sentido do homem. O cérebro humano processa as informações logo após receber os sinais luminosos muito mais rapidamente do que estímulos em forma de texto. Alguns anúncios utilizam técnicas de gatilho. A visão é um fator crucial para a motivação na hora de realizar a compra.
  • Marketing gustativo – A estratégia do marketing gustativo está relacionada com as associações de sentimentos e lembranças positivas do consumidor com a marca. O principal gestor de emoções é a memória, principalmente lembranças mais afetivas. Os consumidores pensam que suas compras são causadas pelo lado racional, mas, na verdade, eles são influenciados por estímulos de marketing e pela ativação dos seus neurotransmissores. Por isso, ao comer alguns alimentos o nosso neurotransmissor libera dopamina, causando sensação de bem-estar e despertando o sentimento de recompensa depois de um esforço. É desta forma que as pessoas ficam encantadas ao saborear determinadas comidas.
  • Áudio experience (sonorização & music branding) – O sentido auditivo é um dos aspectos mais explorados nas últimas décadas como solução de marketing sensorial ligada ao branding, pois promove relação afetiva e efetiva entre cliente e marca. Estudos realizados pelo pesquisador e professor de psicologia da música Adrian North concluiu que colaboradores que trabalham escutando músicas das suas preferências aumentam seu rendimento em até 13%.

Estudos também constataram que, quando a música é mais rápida, o cliente tende a andar mais rápido e passar menos tempo no estabelecimento. Essa estratégia costuma ser utilizada em supermercados ou em ambientes onde os clientes devem passar menos tempo para dar espaço a novos consumidores durante horários de pico. Já quando a música é mais lenta, os consumidores andam mais devagar, passam mais tempo olhando vitrines e produtos, aproveitando mais o ambiente da loja e, consequentemente, consumindo mais.

 

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